A segunda edição do projeto "Apae na Rua", da Apae, Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais de Brusque, movimentou a manhã de sábado (23) no bairro Jardim Maluche.
A avenida Augusto Bauer, ao lado da sede da entidade, foi fechada das 9h às 11h para que os educandos, familiares, e toda comunidade pudessem se divertir com as atividades preparadas especialmente para o evento pela equipe da instituição.
A articuladora em Educação Especial da Apae Brusque, Anelyn Pinheiro, destaca que o principal objetivo do projeto é integrar a entidade com a comunidade.
"A ideia é proporcionar uma atividade em que nossos educandos possam ter um espaço de lazer, com a participação da comunidade. Chamar todo mundo para a rua com atrativos como brincadeiras e música".
As atividades foram pensadas para divertir todas as faixas etárias, com pintura facial, boca do palhaço, corrida de cadeira de rodas, bolha de sabão, roda de capoeira e até uma mini pista de skate.
Foto:Bárbara Sales/Ideia Comunicação
A música ficou por conta da banda da Apae 'Soul do Coração', que animou a manhã tocando grandes clássicos da música nacional e internacional.
"Tivemos uma manhã linda de sol, um dia propício para estar na rua curtindo, aproveitando as várias atividades preparadas para o projeto. Foi um momento muito divertido para todos que participaram", completa Anelyn.
Prestígio
Gilmar dos Santos levou o irmão, Gian, 22 anos, para aproveitar a manhã no projeto Apae na Rua. Gian é autista grau 2 e frequenta a instituição desde os três anos.
"É muito importante para ele pela interação, estar junto com os colegas e experimentar coisas novas. Sempre que tem esses eventos, procuro levar ele para nunca ficar de fora. A exclusão começa já em casa se não estimular a participação e o convívio", diz o irmão.
Apaixonado por música, Gian até subiu no palco para uma performance na bateria com a banda Soul do Coração e fez o público cantar junto a música Estrada da Vida, da dupla Milionário e José Rico.
Já Tatiane de Souza, mãe do Théo, de 2 anos e meio, aproveitou para vender bolo e brigadeiro de sua doceria no evento. Ela aceitou o convite da instituição, que abriu a oportunidade para as famílias dos educandos venderem seus produtos, estimulando a economia familiar.
"O Théo frequenta a Apae desde os sete meses, quando começamos a desconfiar de autismo. Hoje ele tem diagnóstico de autismo grau 2, hipotonia e atraso global de desenvolvimento, mas desde que começou na Apae tem evoluído muito bem. Como não consigo trabalhar fora para cuidar dele, tenho uma doceria que faço bolo, brigadeiro e o evento foi uma oportunidade para mostrar o meu trabalho", pontuou.
