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Até junho

Elaboração do Plano de Mobilidade Urbana contará com participação popular

Em pouco mais de quatro meses, tema deve ser debatido em duas audiências públicas e 10 oficinas em diferentes pontos de Brusque

Publicado em 14/02/2019 às 01:57

(Foto: Ana Massambani/Portal da Cidade Brusque)

 

Com prazo para conclusão até junho deste ano, o Plano de Mobilidade Urbana volta ter eventos públicos para aproximar a população das discussões para tentar melhorar o fluxo de pessoas e veículos na cidade.No próximo dia 16, uma segunda audiência deve abordar o assunto, no bairro Jardim Maluche.

Nele são esperados moradores do próprio Jardim Maluche, além dos bairros Souza Cruz e Azambuja. A atividade ocorre no Salão da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, com início às 18h30. O primeiro evento público para debater o tema ocorreu no lançamento do Plano, em novembro do ano passado.

O trabalho desenvolvido por um convênio entre Administração Pública e Unifebe é acompanhado pelo arquiteto e urbanista da Secretaria de Trânsito e Mobilidade (Setram) de Brusque, Valério Kozel. De acordo com ele, são nas atividades públicas que a população pode conhecer mais sobre o andamento e cronograma do trabalho e será fundamental para o sucesso das propostas.

Paralelo à etapa ocorre a coleta de dados para elaboração do documento final. O material serve de base para as simulações e estudo dos modelos para um diagnóstico da situação da mobilidade urbana de Brusque.

A conclusão do levantamento, afirma, marca o início da apresentação de propostas para tentar melhorar o panorama da cidade, que devem compor a última versão do plano. Mesmo sem a finalização do processo, estima haver entre 20 e 25 pontos considerados críticos para o trânsito no município. “Não é um projeto político, mas técnico”

 

Acompanhamento alemão

Apesar de considerar o prazo curto para o desenvolvimento das etapas, ele classifica o cronograma com razoável para o cumprimento do prazo. Kozel ressalta a importância do trabalho, que deve prever as medidas a serem tomadas no setor. Para isso, propostas elaboradas nos últimos 20 anos para melhorar o trânsito na cidade devem ser avaliadas.

“São propostas que não estão descartadas e serão avaliadas com os técnicos que estão elaborando o plano. Nele que vamos estabelecer as diretrizes que serão tomadas para a cidade”, descreve. Na quinta-feira (14) , o trabalho ganha o reforço do doutor em Gestão de Trânsito e professor da Universidade de Karlsruhe, na Alemanha, Christoph Hupfer.

O especialista tem servido de consultor para a elaboração do plano. Em novembro, ele palestrou para a comunidade e membros da comissão formada para desenvolver o plano. A tendência é que Hupner fique cerca de duas semanas na cidade para acompanhar os trabalhos e participar de eventos relacionados ao tema.

 

Debate necessário

Vereador e especialista em trânsito, Paulo Sestrem reforça a necessidade do debate sobre a mobilidade para garantir a qualidade de vida na cidade. Ele acompanha o tema desde a época que integrou a equipe da Secretaria do Trânsito, entre 2013 e 2015, além de ter presidido o Conselho Estadual dos Municípios Integrados ao Trânsito de Santa Catarina (Comitra).

Apesar de destacar melhorias, Sestrem afirma ainda haver necessidades em pontos importantes para a mobilidade pública na cidade, como o incentivo à modais alternativos como o transporte público e a implantação de ciclovias. As medidas serviriam para reduzir a necessidade do uso de carros no dia a dia das famílias locais.

Como medida para reduzir o fluxo de carros dentro da cidade, ele reforça a necessidade de se retomar os debates para a construção de um anel viário para a área central da cidade. A estrutura serviria para retirar das ruas do Centro e bairros próximos o fluxo de carros com destino para outras cidades da região.

Baseado neste conceito, afirma, foi possível gerar mudanças de trânsito o que o especialista classifica como “sobrevida” para o trânsito do Centro 1 e Centro 2. As alterações ocorreram a partir de 2010.

Para ele, a aposta exclusiva de investimentos nas melhorias da avenida Beira Rio são um equívoco e é preciso pensar em alternativas para outros pontos de Brusque. “É uma das obras fundamentais para a cidade, tanto como como canal extravasor e para melhorar a mobilidade dos brusquenses. Estão vendo ela como uma solução para para a cidade e não é”.

Ele vê como positiva a busca por conhecimento especializado, mas ressalta a necessidade de atentar para demandas já conhecidas, com os acessos entre as ruas Pedro Werner com a Getúlio Vargas, no Centro, ou a duplicação da Rodovia Antônio Heil, no bairro Santa Terezinha ou a continuidade da Beira Rio, em direção ao bairro Jardim Maluche.

 

Tempo reduzido

Quanto ao avanço dos debates para o Plano de Mobilidade, Sestrem demonstra cautela quanto aos prazos para entrega. Com o tempo disponível, acredita haver a necessidade de se ampliar os debates sobre o tema com a população e compreender as demandas de cada ponto da cidade. “É preciso tratar a mobilidade e a segurança no trânsito com a seriedade que ela precisa”.

Desde setembro, uma audiência pública sobre o tema já foram desenvolvidas. Um total de três eventos semelhantes são esperados para acontecer até o fim do processo, sendo uma delas na Câmara de Vereadores. Além delas, outras 10 oficinas estão programadas. De acordo com ele, as trocas recorrentes dos responsáveis pela Setram acabaram prejudicando o andamento do processo.

Hoje, houve duas audiências públicas sobre o tema e deveriam ocorrer um total de sete ou oito consultas do tipo na cidade. “Está muito em cima, seria interessante que ela chegasse para a audiência na Câmara já pronta” pondera.

 

Agende-se

O quê: Audiência pública sobre o Plano de Mobilidade

Quando: 19/02

Horário: 18h30

Onde: Salão da Capela Nossa Senhora de Fátima

Público alvo: moradores dos bairros Jardim Maluche, Souza Cruz e Azambuja 

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