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Plano de Mobilidade Urbana é apresentado em Audiência Pública

Na ocasião, vereadores e comunidade conheceram as propostas.

Publicado em 19/11/2019 às 00:24

(Foto: Divulgação/Reprodução)

A comissão técnica do Centro Universitário de Brusque (UNIFEBE) apresentou na noite de quinta-feira (14), o projeto final do Plano de Mobilidade Urbana. Em Audiência Pública realizada na Câmara de Vereadores, comunidade e Poder Legislativo conheceram as propostas feitas com o objetivo de melhorar a mobilidade urbana do município.

A professora de Arquitetura e Urbanismo da UNIFEBE e presidente da comissão, Patrícia Kuwer, iniciou a apresentação lembrando que o projeto final que será entregue à prefeitura foi desenvolvido após muitas pesquisas, oficinas realizadas nos bairros e audiências para ouvir o que a população pensa sobre a mobilidade urbana de Brusque.

O Plano Municipal de Mobilidade Urbana foi elaborado pela UNIFEBE e prefeitura, com a consultoria do doutor em Gestão de Trânsito e professor da Universidade de Karlsruhe, na Alemanha, Christoph Hupfer.

Para elaborar as propostas, a equipe contou com o auxílio do software de simulação computacional PTV Visum. Muito utilizado na Alemanha, esse software revelou a eficiência e os impactos das propostas elencadas.

Dentre os tópicos apresentados para melhorar a mobilidade urbana de Brusque está o uso das bicicletas. O projeto propõe ampliar para mais de 100 quilômetros as vias cicláveis no município e a integrar o meio de locomoção com outros modais. Como por exemplo, fazer parte do percurso de bicicleta e outra parte pelo transporte público, podendo levar a bike no ônibus.

Como incentivo aos pedestres, o plano sugere a criação de projetos como o “Selo Calçada Amiga”, que beneficiaria o morador que adequar a calçada ao padrão proposto pelo município. Sobre transporte público, uma das propostas é a organização das linhas de ônibus e a criação de um novo sistema com 15 linhas. Diferente de como é feito hoje, o plano cita a conexão de passageiros com outras linhas, não apenas no terminal.

“Hoje quem sai da Águas Claras e precisa ir para a Santa Terezinha, por exemplo, precisa ir até no terminal e trocar de ônibus sem precisar pagar outra tarifa. A ideia é que essa conexão seja feita em outros pontos, que tenham uma boa infraestrutura e possam oferecer informações de horários em tempo real”, destaca Patrícia.

Além do tradicional ônibus, foram apresentadas outras sugestões de transporte público coletivo, como o hidroviário, pelo rio Itajaí-Mirim, e o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).

Propostas estas sugeridas a longo prazo, e que necessitam estudos aprofundados para verificação da sua viabilidade.

O Plano de Mobilidade Urbana também propõe o prolongamento da Avenida Beira Rio em direção ao bairro Dom Joaquim, e a construção de novas pontes de acessos entre bairros e importantes vias de ligação.

Para melhorar a segurança e o fluxo de pedestres e ciclistas, são sugeridas readequações de vias centrais, com arborização, vagas-viva (vagas de estacionamento dando lugar a novos locais de uso público), e alargamento das calçadas e ciclovias.

No plano também são propostos programas educativos sobre segurança no trânsito e um plano de redução de acidentes e gestão de estacionamentos rotativos. “A solução para melhorar a mobilidade urbana é diminuir o uso dos carros, mas para isso a população precisa se sentir confortável e segura em usar o transporte coletivo e a bicicleta”, enfatiza Patrícia.

Após a apresentação, a população foi convidada a comentar sobre as propostas. A reitora da UNIFEBE, professora Rosemari Glatz, destaca que o Plano de Mobilidade Urbana de Brusque é uma importante parceria em prol da sociedade.

“Com o conhecimento técnico dos nossos professores, com o apoio dos nossos parceiros da Alemanha e da prefeitura, desenvolvemos esse plano completo com dados e propostas a serem feitas em curto, médio e longo prazo. É gratificante ver o resultado final desse trabalho tão importante para o futuro da nossa cidade”, conclui a reitora.

Depois de entregue, a prefeitura encaminhará para a Câmara de Vereadores o projeto de lei que institui o Plano de Mobilidade Urbana. Se aprovado, o projeto retorna ao executivo para a sanção e publicação da lei.

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