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Souza Cruz

Reservatório do Souza Cruz passa por análise da Defesa Civil

Órgão solicitará acesso a projetos e estudos feitos do Samae para a construção de reservatório de 500 mil litros e indica suspensão do uso durante análise

Publicado em 27/01/2020 às 08:16
Atualizado em

(Foto: Marcelo Gouvêa/Portal da Cidade Brusque)

(Foto: Marcelo Gouvêa/Portal da Cidade Brusque)

Membros da Defesa Civil e moradores dos bairros Souza Cruz e Azambuja estiveram na caixa d’água construída na rua dos Xaxins. Representantes do órgão fizeram uma análise da estrutura e do entorno local. O reservatório foi construído pelo Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) e passou a ser questionado moradores depois que foram constatadas rachaduras em um muro próximo. 

O novo reservatório tem capacidade de 500 mil litros e é feito de metal. Antes dele a estrutura era de concreto e tinha capacidade de 30 mil litros. A vistoria também não contou com representantes do Samae ou do Departamento Geral de Infraestrutura (DGI).

Segundo o diretor da Defesa Civil, Carlos Alexandre Reis, a presença do órgão no local foi solicitado por moradores das proximidades. Um memorando será encaminhado para o Samae, solicitando os projetos projetos e estudos sobre a construção.

O prazo para que o Samae apresente uma resposta é de 10 dias. Após o prazo um parecer da Defesa Civil deve ser emitido em mais 5 dias. Durante o prazo, a solicitação é que a estrutura não seja utilizada.



Moradores temem desmoronamento 

Com medo de que a estrutura, com capacidade de 500 mil litros, possa passar a operar em toda sua capacidade a partir de quarta-feira, moradores cobram garantias técnicas de segurança do local. Gerson Knihs, mora há mais de 40 anos nas proximidades e destaca a ausência de reuniões sobre a implantação e a falta de placas indicando um engenheiro responsável pelo serviço no local.


Para tentar garantir a apresentação dos dados antes do início da operação, ele buscou apoio do Ministério Público. Knihs relata temer um desmoronamento do barranco onde foi construído o reservatório. De acordo com ele, a falta de debates com os moradores sobre a implantação e de detalhes é preocupante.

Ele só ficou sabendo da estrutura na sexta-feira e classifica a falta de diálogo com os moradores como um descaso. “Cheguei aqui e fiquei abismado com o que vi” resume. A partir da comunicação sobre o caso ao MP, ele afirma buscar formas de impedir que o local receba água até que a condição seja esclarecida.

O medo é o mesmo de Nédio dos Santos, morador há 20 anos do bairro. “Queremos saber se houve algum aval de engenheiro aqui, né? Até agora não apresentaram nada para nós”, descreve. Ele reconhece que a falta de água é um problema recorrente, mas reforça a necessidade de garantias de segurança para a população. “É para melhoria da população,mas queremos uma certeza de que isso não vai gerar uma tragédia depois”.

Tema é monitorado pelo Legislativo

A situação do Souza Cruz também chegou ao conhecimento do Poder Legislativo. O vereador Jean Pirola esteve no local durante a vistoria e afirma que deve manter uma atenção sobre o caso.

De acordo com o parlamentar, o tamanho da estrutura metálica impressiona. Ele reforça a confiança na avaliação da Defesa Civil e na análise prévia do setor público. “Não posso dizer que é uma situação de risco por não ter conhecimento técnico para isso, mas que, a primeiro modo que você olha, ela assusta, assusta e tem muitos moradores ao redor”, descreve.


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