Apesar de ser um notório transtorno para a população, a ocorrência de água turva chegando na torneira dos consumidores é habitual em todas as empresas de saneamento.
Ao contrário do que muitos imaginam, não se trata de barro ou algum tipo de sujeira, mas sim de um complexo metálico formado por ferro e manganês, que acaba ficando alojado nas paredes internas das tubulações.
Ao serem desabastecidas em consertos e reparos onde se faz necessária a interrupção do fornecimento, essas adutoras perdem pressão. Quando retomado, a quantidade de água ‘viajando’ em alta pressão pelos dutos acaba ‘carregando’ estes resíduos que estavam incrustados.
Apesar de serem inofensivos para a saúde humana, é consenso que ninguém quer ver uma água com aparência de ‘chá’ chegando em suas casas e empreendimentos.
Buscando diminuir esse tipo de ocorrência, o diretor-presidente do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) de Brusque, Luciano Camargo, se reuniu na manhã desta quinta-feira, 4 de fevereiro, com as engenheiras químicas Suleima Lauritzen e Josiane Schork, integrantes do quadro de funcionários da brusquense Quimisa, hoje pertencente à multinacional Brenntag.
Durante o encontro, que também contou com a presença do coordenador da ETA Central, Ricardo Bortolotto, foram discutidos planos de ação de curto e médio prazo para diminuir a incidência de incrustação nas redes do Samae.
“Nos reunimos para procurar novos métodos de evitar a presença de água suja, principalmente quando há interrupção de água para consertos”, explica o diretor-presidente Luciano Camargo.
“Esse é um problema de saneamento básico a nível mundial. Por ter um amplo conhecimento, buscamos essa parceria com a Quimisa para conhecer novas tendências de dosagem e de mercado para serem utilizadas”, diz.
Como resultado desta reunião, o Samae coletou uma série de ações que em breve serão colocadas em prática para melhorar cada vez mais o abastecimento de água na cidade.
