O projeto de urbanização da localidade da Cristalina, no bairro Dom Joaquim deve gerar mais uma audiência pública para debater o modelo adotado. A atividade deve servir para esclarecer dúvidas permitir contato da população local com as autoridades responsáveis pela tramitação. Ela ainda não tem data definida. Entre os receios da comunidade está a possibilidade de instalação de empresas auto poluidoras na região.
Desta vez, o encontro é previsto para o próprio bairro Dom Joaquim e deve contar com imagens de projeção para detalhar a proposta. A decisão ocorreu durante evento público na Câmara de Vereadores nesta quinta-feira (28), onde cerca de 50 pessoas participaram. Durante o evento, autoridades receberam dúvidas e sugestões de moradores e empresários da região. O material deve servir de apoio para a tramitação do projeto no Legislativo.
A diretora de Planejamento, Heloisa Fernandes Almeida esteve no evento e esclareceu os questionamentos dos participantes. Segundo ela, a solicitação de avaliação da proposta de criação de área urbana foi avaliada pela equipe técnica do Ibplan até se chegar no modelo proposto.
Nele, moradores e proprietários uma faixa de 200 metros a partir do eixo da rua DJ 042 poderiam optar por tornar suas áreas urbanas ou manter na classificação como rural. “Solução que encontramos foi a criação deste corredor de urbanização”.
Contra a poluição
Segundo o presidente da Associação de Moradores do bairro Dom Joaquim, Valdir Hinselmann, em um contexto geral a maioria dos moradores concorda com a proposta de urbanização, mas o risco de instalação de empresas poluentes, como tinturarias não tem a mesma aprovação. O ponto esteve entre os questionamentos da audiência na Câmara e já motivou a elaboração de ofícios por parte da entidade.
Além da preocupação com a qualidade de vida no local, eles temem que este tipo de atividade industrial possa interferir na operação da Estação de Tratamento de Água (ETA), prevista para o bairro. “O desenvolvimento da localidade tem que acontecer e está acontecendo, mas tem que respeitar quem está ali e a comunidade como um todo. Tem que crescer, mas com qualidade”, defende.
Em ofício encaminhado ao Legislativo em dezembro, Hinselmann, reforça a necessidade de se excluir a possibilidade de instalação de empresas como tinturarias na região. Outra indicação feita pelos moradores é a necessidade de ampliar a extensão da área prevista para ser beneficiada em 2,5 mil metros, além dos 2,8 quilômetros iniciais. Com a medida, toda a DJ 042 seria atendida com o projeto.
Para ele, a possibilidade de debater o tema na própria Cristalina trás mais comodidade e tranquilidade aos moradores. Ressalta a dificuldade de boa parte da população em acompanhar eventos dentro do horário comercial, devido às atividades profissionais.
