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Cultura

Apresentação de dança na UNIFEBE marca 130 anos da Abolição da Escravatura

Bailarinos de Joinville (SC) apresentaram coreografias de dança afro-brasileira aos acadêmicos

Publicado em 16/05/2018 às 04:57

(Foto: divulgação)

No dia 13 de maio foi celebrado 130 anos da Abolição da Escravatura no Brasil. Com o intuito de trazer um novo olhar sobre o tema, por meio de danças afro-brasileiras, foram realizadas atividades nos cursos “Vida Ativa” e Educação Física da UNIFEBE, na segunda-feira, 14.

O professor Jessé da Cruz, coreógrafo e bailarino, foi responsável pelas ações e trouxe três bailarinos da D Dance Roots, do Colégio Estadual Dr. Tufi Dipp, de Joinville (SC), que realizaram apresentações de danças urbanas afro-brasileiras como a Maculelê.

Cruz trabalha a cultura popular brasileira com ênfase nas culturas nativas indígenas, afro-brasileiras e de matriz africana. Com a turma do Vida Ativa explorou a cultura popular no olhar da descolonização e com a 9ª fase de Educação Física, na disciplina de Dança e Saúde, falou sobre a vulnerabilidade no terceiro setor e da necessidade de vislumbrar outros nichos de mercado. 

"Queremos mostrar uma realidade que muitas vezes não percebemos, pois estamos acostumados a ter um único olhar. O papel da universidade é exatamente este, abranger outras realidades para que o nosso estudante não acredite que a sua formação está ligada somente a um espaço Fitness, no sentido de uma academia, mas que essa formação pode ser muito mais complementar e que há outros mercados a serem explorados", ressalta Cruz.

Para a professora aposentada, Olga Schaefer Habitzreute, 66 anos, acadêmica do Vida Ativa, é extremamente relevante aulas que mostram um novo olhar da cultura brasileira.

"As aulas do professor Jessé são maravilhosas e sempre trazem novos conhecimentos. Acho importante conhecer a cultura de dança do nosso país. Estou muito feliz em participa", enfatiza Olga.

Larissa Bertulini, de 23 anos, da 9ª fase de Educação Física já fez hip hop por mais de seis anos e considera motivadoras aulas como as de Cruz.

"Sou apaixonada por dança e acho o máximo essas iniciativas que nos permitem ver o multiculturalismo e nos envolvermos com a cultura negra", salienta Larissa.

Quebra de paradigmas

Para os jovens Kevyn Izo, 16 anos, Fernando Lúcio Mendes, 13 e Émerson Ricardo Lúcio, 16, de Joinville, ter a oportunidade de mostrar seu trabalho na UNIFEBE é gratificante. Eles acreditam que ações como essa colaboram para quebrar paradigmas e barreiras em uma sociedade onde a maioria dos universitários são brancos e que não conhecem a cultura afro-brasileira.

"Para nós é uma honra muito grande estar numa universidade reconhecida como essa e mostrar a nossa cultura, que não é somente a macumba (instrumento musical), mas que sim, tem muitas riquezas", destaca Izo.

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