Nesta sexta-feira, 08, a biblioteca municipal de Guabiruba está fazendo aniversário. São 20 anos desde sua fundação, tendo passado por diversos locais. Inicialmente, foi instalada na rua José Dirschnabel, Centro, depois foi transferida para a sede da Assistência Social, na rua 10 de Junho, ao lado da policlínica. Atualmente se encontra na rua Brusque, anexo à Fundação Cultural.
Desde 2016, ano em que iniciou o sistema de gestão e documentação, a biblioteca registrou um total de 955 usuários inscritos e 9263 livros emprestados. Se fossem contabilizados desde sua fundação, o número seria bem maior. Em média, atualmente são realizados 200 empréstimos por mês e 1300 anuais.
Hoje, a biblioteca pública municipal possui em seu acervo mais de 11 mil exemplares que abrangem todos os gêneros. O mais requisitado, até pouco tempo, era romance. Porém, a partir da aquisição de livros da categoria mangá (histórias em quadrinhos), estes se tornaram os mais procurados.
Conforme a bibliotecária Jéssica Glienke David, a definição de usuários é equilibrada, tanto no gênero, quanto idade. “A faixa etária é bem diversificada. Vai de criancinhas, que começam a se interessar pelos livros quando vêm fazer uma oficina na Fundação, até idosos.”
Histórico
O nome oficial do órgão é Biblioteca Pública Municipal Prefeito Henrique Dirschnabel. Sua fundação se deu em virtude de um programa do Ministério da Cultura, a nível nacional, chamado de "Uma Biblioteca em Cada Município". Em 2002, a câmara municipal aprovou o projeto de lei que homenageou o ex-prefeito Henrique Dirschnabel com o nome da biblioteca municipal. No entanto, ela somente foi inaugurada em junho de 2005, cerca de três anos depois.
Prefeito Henrique Dirschnabel
Henrique Dirschnabel (1900-1982) foi o primeiro prefeito de Guabiruba. Filho de Joseph (José) Dürrschnabel e Clara von Schörner, ele nasceu no bairro Planície Alta, na época, localizada no município de Brusque.
Conforme o neto do ex-prefeito, advogado e atual assessor legislativo da câmara de Guabiruba, Roque Dirschnabel, Henrique foi escolhido através de um conselho administrativo formado por representantes de toda a comunidade guabirubense. O mandato do primeiro prefeito se deu a partir do dia 10 de junho de 1962 a 31 de janeiro de 1963, sendo então, antecessor de Carlos Boos.
O primeiro prefeito teve o importante papel de organizar a estrutura básica do funcionamento do novo município. Durante o seu governo, a prefeitura foi instalada no edifício da Kohler e Cia (antiga marcenaria), na rua 10 de junho, no centro da cidade.
Também foram adquiridos um caminhão caçamba junto ao Departamento de Estradas e Rodovias, e a primeira máquina de escrever da prefeitura. Novas vias foram abertas também durante a administração de Dirschnabel.
O primeiro prefeito de Guabiruba foi, ainda, industrial do ramo têxtil, tendo adquirido os primeiros teares da marca “Ribeiro” da região, para sua fábrica de tecidos. Henrique Dirschnabel também instalou a primeira fecularia e a primeira oficina de xales e bordados do município em sociedade com o imigrante alemão Karl Mutscher. “Na vida privada, o senhor Henrique Dirschnabel foi um homem idôneo e de ilibada reputação”, relembra o neto, Roque.
O ex-prefeito faleceu em 8 de fevereiro de 1982, quando foi homenageado pelo poder Executivo, Legislativo e da Sociedade Recreativa Guabirubense. Hoje ele nomeia a biblioteca pública municipal e tem seu busto instalado na praça central.
A superintendente da Fundação Cultural Jenifer Schlindwein enfatiza a importância da biblioteca para a comunidade. “São 20 anos de histórias para além dos livros, impactando e transformando o dia-a-dia de pessoas que vão ao encontro ou são cativadas pela leitura. A Fundação Cultural de Guabiruba, em nome da Biblioteca Pública, reforça o convite para que as pessoas conheçam o acervo e prestigiem a literatura, bem como o setor literário num todo. São escritores, leitores, bibliotecários, livrarias e inúmeros envolvidos para o desenvolvimento literário em Guabiruba. Portanto, hoje devemos celebrar a existência e o acréscimo na procura pela biblioteca.”
