O ex-prefeito de Brusque, Ciro Roza, foi condenado a seis anos, dois meses e 20 dias de prisão em regime semiaberto por desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro. O ex-assessor de Roza, Milton da Silva e o empresário Tiago Maestri também foram condenados.
O juiz responsável é Edemar Leopoldo Schlösser, da Vara Criminal de Brusque. Consta nos autos que em 2007 Roza contrariou os pareceres da Procuradoria do município que apontava irregularidades em uma licitação para fornecimento de toras de eucalipto para reparos de pontes de madeira. O então prefeito homologou duas licitações. Uma delas era quanto a compra de 2 mil toras.
A procuradoria e a comissão de licitação afirmavam que o edital não especificava em quais obras as madeiras seriam utilizadas. Além disso, constava pagamento parcelado da compra e os produtos nunca foram entregues.
O promotor de Justiça, Daniel Westphal Taylor, apenas Tiago Maestri participou das duas licitações, e ele teria recebido R$ 1,29 milhão pelos contratos. Segundo Taylor, deste valor, R$ 500 mil foram repassados ao ex-prefeito em uma operação de lavagem de dinheiro organizada por Milton da Silva.
De acordo com o Ministério Público “o atropelo da legislação na licitação e na fraude na entrega das toras foi feito com o único intuito de desviar dinheiro público em favor do prefeito”.
