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Teatro

Grupo de Florianópolis apresenta espetáculos em Guabiruba

Apresentações ocorrem de 20 a 22 de abril, no Salão Cristo Rei

Publicado em 12/04/2018 às 05:54

(Foto: divulgação)

O Grupo Teatro Sim... Por Que Não?!!!, de Florianópolis, encerra em Guabiruba, a terceira edição do Festival Itinerante de Teatro. As apresentações serão de 20 a 22 de abril, no Salão Cristo Rei. O evento iniciou em fevereiro e passou pelas cidades de Salto Veloso, São Francisco do Sul e Imbituba, abrangendo quatro diferentes regiões geográficas do estado. O festival apresenta diversas linguagens teatrais, indo da comédia ao drama, do teatro de animação ao clown.

Serão apresentados cinco espetáculos: A Farsa do Advogado Pathelin, da Associação Teatro Sim; Hipotermia, de NP Produções; Eu – Lália e A Garota da Capa, de Andréa Padilha Produções e Histórias de Mauro, de Tissier Produções Artísticas. O III Festival Itinerante de Teatro é patrocinado pela Fundação Catarinense de Cultura e Governo do Estado, envolvendo diretamente 12 pessoas, entre elencos, técnicos e produtores. E indiretamente 30 pessoas nas funções de apoio, divulgação e documentação, material gráfico e transporte.

O projeto dá sequência às turnês Festival Itinerante de Repertório, em 2011;  Pathelin de A a Z, em 2012 e 2013; II Festival Itinerante de Teatro, em 2015 e Circulação Teatro Sim – 30 Anos, em 2016. Esses projetos circularam com grande sucesso por todas as regiões do Estado visitando 58 cidades, incluindo os 10 menores municípios catarinenses. As turnês funcionaram como pilotos para confirmar a ideia que o Grupo acalenta há muito tempo, que é de atingir também cidades pequenas do interior do Estado com o máximo possível de produções teatrais, com a mesma qualidade e conteúdo do que é apresentado nas capitais e nos grandes centros.

CRONOGRAMA DE APRESENTAÇÕES 

20 de abril (Sexta-feira) – Salão Cristo Rei

20h – Abertura do III  Festival Itinerante de Teatro

20h10 – Eu-Lália

20:30 – A Farsa do Advogado Pathelin

(Para todas as idades)

21 de abril (Sábado)

10h – Histórias de Mauro - Aicila quer Amar - Praça Theodoro Debatin

(Infantil)

20h – A Garota da Capa – Salão Cristo Rei

(Indicado para maiores de 14 anos)

22 de abril (Domingo)

20h – Hipotermia - Salão Cristo Rei

(Indicado para maiores de 14 anos)

Espetáculos

EU-LÁLIA

É uma senhora romântica e divertida que durante a intervenção, interage com o público, convidando-o a fazer parte da apresentação. Neste encontro o que não falta é diversão e risos, com espaço para reflexão de temas do universo dos idosos. A peça aborda de forma ingênua e curiosa a fragilidade da idade, a discriminação, a paixão, a vaidade e a vontade de viver, contrapondo-se às limitações corporais.

A FARSA DO ADVOGADO PATHELIN

A peça é uma obra do gênero farsa, escrita em torno de 1460 e seu autor é desconhecido. A discussão sobre ética que o texto propõe continua atual. Esta comédia da astucia – enganador e enganado – parece celebrar sem reservas o trunfo do dolo, do embuste e da patifaria. Qualquer semelhança com a época em que vivemos seria uma mera coincidência?    

O espetáculo estreou em maio de 1996 e há 22 anos é apresentado, uma façanha no teatro brasileiro. Foram mais de 700 apresentações nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Maranhão e Santa Catarina, onde a peça já foi encenada em mais de 90 cidades, incluindo as 10 cidades menos populosas do Estado.

Ao longo desses anos, a peça participou de vários festivais nacionais e internacionais de teatro e recebeu 9 prêmios. Com este espetáculo a atriz Berna Sant’Anna ganhou o prêmio de melhor atriz do CONESUL e do Festival Isnard Azevedo de 1997. Berna Sant’Anna e Nazareno Pereira, com suas interpretações, também receberam o prêmio de melhor atriz e melhor ator catarinense de 1997. No mesmo ano Júlio Maurício ganhou o prêmio de melhor diretor catarinense com o mesmo espetáculo.

HISTÓRIAS DE MAURO – Aicila quer Amar

Teatro de bonecos

Mauro é o nome do boneco cenário. Um boneco do qual os diversos personagens da história a ser apresentada vão surgindo, surpreendendo e encantando tanto o público infantil quanto adulto. São usados no espetáculo 5 tipos de manipulações diferentes. Mauro é ao mesmo tempo o narrador e o espaço cênico onde as histórias acontecem.

O boneco/cenário Mauro foi criado e apresentado entre 1990 e 1994 por Gabriel Santiago Tissier. Em 2010, após 19 anos de sua criação, Andrés Tissier, filho de Gabriel, retoma o trabalho e passa a apresentá-lo em  festivais, escolas, praças e inúmeros eventos.

A GAROTA DA CAPA

Uma comédia visual

O espetáculo estreou em agosto de 2011, em Florianópolis, com atuação de Andréa Padilha e direção do inglês John Mowat. A montagem teve como ponto de partida um argumento: fome. Mas, fome de quê? As cenas foram criadas através do processo de improvisação, retratando a fome de forma mais abrangente. Em função da pesquisa corporal que a atriz investiga há 23 anos, o diretor optou pela não utilização da fala, valorizando a ação. Com pitadas de palhaçaria, a atriz, reflete situações cotidianas, principalmente do universo feminino, provocando no público  reflexão sobre temas como solidão, frustrações, amor…

A personagem de “A Garota da Capa” vive no mundo secreto de seus sonhos, desejos, memórias e esperanças para o futuro.

É um espetáculo inteligente que transita entre o drama e a comédia.

HIPOTERMIA

Um drama Contemporâneo

Espetáculo produzido pela NP Produções, estreou em 2014, em Florianópolis.

Hipotermia é um espetáculo solo interpretado pelo ator Nazareno Pereira, que se lançou a este desafio em comemoração aos seus 30 anos de palco. O espetáculo participou de eventos em Rio Branco/AC, Rio de janeiro, São Paulo e 13 cidades de SC.

Júlio Maurício, diretor da peça, destaca que “a peça coloca em cena um homem com seus conflitos, reflexões e lembranças diante do desalento da morte”. 

Para essa montagem, Zilá Muniz, doutora em teatro, foi convidada para desenvolver o trabalho de corpo. Segundo Zilá “o corpo em Hipotermia é uma complexa rede de pulsões, intensidades e fluxos de energia”.

A ambientação sonora ficou a cargo de Hedra Rockembach que buscou uma ambiência para ordenar a desordem de pensamentos. A trilha sugere o tempo do relógio para que cada espectador vivencie o seu tempo.

O cenário ficou a cargo de Fernando Marés, que confinou o personagem em um pequeno espaço de dois metros quadrados, sugerindo prisão e frio. A iluminação ficou a cargo de Domingos Quintiliano, que reforçou com o trabalho de luz a frieza e o confinamento no espaço.

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