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Natal é abrir o coração para receber Jesus; é vida que nasce, é Cristo que vem

Confira mensagem de Natal do historiador Paulo Kons

Publicado em 24/12/2020 às 21:02

(Foto: ilustração)

Na festa que marca o nascimento de Deus em forma humana, imersos em uma pandemia, fazemos memória dos milhares de milhões de homens que nasceram, nascem e nascerão sobre a terra. Um homem, um elemento componente da grande estatística. Não foi por acaso que Jesus veio ao mundo no período do recenseamento; quando um imperador romano quis saber quantos súditos havia nos seus domínios. O homem feito objeto do cálculo, considerado sob a categoria da quantidade, um entre os milhares de milhões. E, ao mesmo tempo, um, único e singular. Se nós celebramos assim tão solenemente o Nascimento de Jesus, fazemo-lo para testemunhar que todo e qualquer homem é alguém, único e que não se pode repetir. Se as nossas estatísticas humanas, as catalogações humanas, os humanos sistemas políticos, econômicos e sociais, as simples humanas possibilidades não conseguem assegurar ao homem que este possa nascer, existir e operar como um único e singular, então assegura-lho Deus. Para Ele e perante Ele, o homem é sempre único e singular; alguém que foi eternamente idealizado e designado com o seu próprio nome. 

Assim como sucedeu com o primeiro homem, Adão; e assim como sucede com este novo Adão, que nasce da Virgem Maria na gruta de Belém: dar-lhe-ás o nome de Jesus (Lc. 1, 31).

É a humanidade, de fato, que é elevada com o nascimento terreno de Deus. A humanidade, "a natureza" humana foi assumida na unidade da Divina Pessoa do Filho, na unidade do Eterno Verbo, em que Deus Se exprime eternamente a Si mesmo; esta Divindade Deus a exprime em Deus: Deus verdadeiro; o Pai no Filho e de ambos o Espírito Santo.

Na solenidade do Natal do Senhor nós elevamo-nos também no sentido deste mistério inescrutável, deste Nascimento Divino.

Ao mesmo tempo, o Nascimento de Jesus em Belém testemunha que Deus exprimiu esta Palavra eterna no tempo, na história. Desta "expressão" Ele fez e continua a fazer a estrutura da história do homem. O Nascimento do Verbo Encarnado é o início de uma nova força da mesma humanidade; a força que está ao alcance de todos os homens, segundo as palavras de São João: deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus (Jo 1, 12). É em nome deste singular valor de todos e cada um dos homens, em nome desta força que é trazida para todos e cada um dos homens pelo Filho de Deus ao tornar-se homem, que nos dirigimos a todos e a cada um: onde quer que trabalhe, crie, sofra, lute, peque, ame, odeie e duvide; onde quer que viva e morra; a você eu, Paulo Vendelino Kons, me dirijo, hoje, com toda a verdade do Nascimento de Deus; com a Sua mensagem.

O homem vive, trabalha, cria sofre, luta, ama, odeia, duvida, cai e se levanta em comunhão com os outros homens.

Portanto, aceitai a grande verdade sobre o homem;

Aceitai a verdade plena acerca do homem, que foi pronunciada na Noite de Natal;

Aceitai esta dimensão do homem, que se patenteou a todos os homens naquela Santa Noite!

Aceitai o mistério, no qual todos os homens e cada um deles vive desde quando Cristo nasceu.

Permiti a este mistério agir em todos e cada um!

Permiti-lhe que ele se desenvolva nas condições exteriores do seu ser terreno.

Neste mistério se encerra a força da humanidade. A força que irradia sobre tudo aquilo que é humano. Não torneis difícil tal irradiação. Não a destruais. Tudo aquilo que é humano cresce a partir desta força; sem ela debilita-se; sem ela arruína-se.

Glória a Deus com mais alto dos céus! (Lc. 2, 14).

Deus aproximou-se, Deus está no meio de nós. É Homem. Nasceu em Belém. Está deitado numa manjedoura porque não havia lugar para Ele na hospedaria (Cfr. Lc. 2. 7).

O seu nome: Jesus! A sua missão: Cristo!

É Mensageiro de grande Conselho, Conselheiro admirável (Is. 9, 5); e nós, com tanta frequência, ficamos irresolutos, e os nossos conselhos não produzem os frutos desejados.

É Pai perpétuo — "Pater futuri saeculi, Princeps pacis"; e, apesar de nos separarem mais de dois mil anos do Seu nascimento, Ele está sempre diante de nós e sempre nos precede. Devemos "correr atrás d'Ele" e procurar alcançá-lo.

É a nossa Paz! A Paz dos homens! A Paz dos homens que Ele ama (Lc 2, 14). Deus agradou-se do homem por Cristo. Assim, este homem, não se pode destruí-lo; não se pode aviltá-lo; não é permitido odiá-lo!

Paz aos homens de boa vontade! A todos dirigimos o convite instante a orarem, pela Paz e para que o bom Deus detenha a pandemia do Coronavírus.

Feliz Natal a todos. O nosso pensamento — com os meus votos cheios de afeto cordial — vai para todas as centenas de famílias que visitamos na realização do VIII Natal de Amor e Fé, ação do GRUPIA e do Instituto Bom Samaritano: fome, enfermidades e pobreza encontramos; mas sobretudo, fé, coragem e amor.

E no nosso coração se encontram todos os que procuram, sinceramente, a verdade, os que possuem fome e sede de justiça, os que anseiam a bondade e a alegria; os pais e mães de família; os trabalhadores; os jovens, adolescentes e crianças; os pobres e doentes; os anciãos e os encarcerados; os que se acham na impossibilidade, sobretudo pela pandemia do Covid – 19, de passar o Santo Natal em família, na companhia dos seus entes queridos.

Assim, com nossas expressões de reconhecimento, gratidão e de elevada estima cristã, auguramos um FELIZ NATAL para você!

Paulinho Kons

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