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Presidente de instituto explica caminho para a beatificação de Padre Léo

Uma missa campal na Comunidade Bethânia, em 7 de março, abrirá oficialmente o processo de beatificação do sacerdote mineiro, radicado em Brusque

Publicado em 26/02/2020 às 08:52

(Foto: Wilson Schmidt Junior)

Durante o seu pontifício, João Paulo II disse, em certa oportunidade, que “precisamos de santos que usem calças jeans e tênis”. Vários anos depois, terá início, no próximo dia 7 de março, o processo oficial de beatificação do padre Léo Tarcísio Gonçalves Pereira, mais conhecido como Padre Léo.

Lembrado por suas pregações que reuniam multidões, mas, principalmente, por ser o fundador da Comunidade Bethânia - destinada a recuperar dependentes químicos -, o sacerdote mineiro, radicado em Brusque, se encaixa bastante na frase dita pelo beato polonês.

“Como ele também foi dependente químico, ele tinha uma sensibilidade muito grande à respeito dessas pessoas”, ressalta o padre Lúcio Tardivo, que visitou Portal da Cidade Brusque para falar sobre o rito que se inicia no próximo mês. “Era comum ver ele cuidar delas, inclusive buscava algumas delas nas ‘bocas’, e por isso ele sentiu a necessidade de criar a comunidade Bethânia”.

O religioso conviveu boa parte de sua vida com padre Léo, no tempo em que ele dirigia o Colégio São Luiz. Tardivo também é presidente do Instituto Padre Léo, entidade destinada a propagar a vida e obra do religioso e a bancar os custos do processo de beatificação.

Padre Lúcio explica que o rito católico possui duas fases: a diocesana e a romana. Na primeira, caberá à Arquidiocese de Florianópolis realizar a juntada de testemunhos e, também, de documentos que dêem vazão aos rumores de santidade de Léo.

Na segunda, representantes do Vaticano farão uma completa investigação para validar as chamadas “Virtudes Heróicas” do Padre, falecido em 2007 em decorrência de um câncer.

“Muitos pensaram que quando Padre Léo morreu, a comunidade também ia morrer. Mas a gente vê a força do carisma superando tudo isso. Hoje o Padre Léo tem uma atuação muito mais forte do que em vida. Sua presença tem uma penetração muito grande nas pessoas. Muitas delas nos procuraram afirmando terem recebido diversas graças e, inclusive, curas de doenças”, continua Lúcio.

Missa campal

No próximo dia 7 de março, um sábado, na própria Comunidade Bethânia, ocorrerá uma grande missa campal em alusão a abertura oficial do processo de beatificação do Padre Léo.

A intenção é reunir de cinco a sete mil pessoas no terreno da comunidade, em São João Batista. Até o momento, já são cerca de 50 ônibus cadastrados.

A celebração ocorre às 16h. Além dela, está prevista uma vasta programação religiosa das 9h às 21h.


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