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Sustentável

Brusquenses consomem em média 9.000 m³ de Gás Natural Veicular (GNV) ao dia

Dados são da SCGás. Atualmente, o município possui 4 postos que fazem a distribuição do GNV. Mais economia e menos poluição são os atrativos.

Publicado em 22/08/2019 às 07:34
Atualizado em

(Foto: Camila Freitag/Portal da Cidade Brusque)

Os motoristas brusquenses consumiram em média, 9.000 m³ de Gás Natural Veicular (GNV) ao dia, neste primeiro semestre de 2019. É o que aponta um levantamento feito pela SCGás, companhia de distribuição do Gás Natural no Estado de Santa Catarina.  

O mês de fevereiro foi o que mais se destacou, quando o consumo do gás natural passou para 10.000m³ por dia. Confira a tabela de consumo elaborada pela SCGás.









Atualmente, o município possui cerca de 4 postos que fazem a distribuição do GNV. Segundo dados do Inmetro, outras 3 oficinas possuem a certificação para fazer a instalação dos kits de GNV.

A oficina mecânica do Rafael Bertolini é uma delas. Há 15 anos fazendo a instalação do GNV, a Mecânica Bertolini é pioneira na cidade. Mensalmente, são instalados cerca de 15 kits do GNV na mecânica do Rafael. Por lá, passam carros de todos os tipos como utilitários, veículos de autoescolas, taxistas e ubers.

A procura já é uma constante, no entanto, neste mês (agosto) houve um aumento. “Agora com algumas notícias que pode até haver uma queda no preço, segundo o ministro da economia, essa procura aparece. Inclusive o número de orçamentos e até a instalação aumentou bastante” revela Bertolini.








Entre um dos clientes do Bertolini, está o professor Rogério Santos Pedroso. Ele é adepto ao GNV desde 2002 e conta que a razão que o levou a trocar a gasolina pelo GNV foi a economia. “Com o GNV, gasto cerca de R$ 210,00 ao mês”, revela. O valor é atribuído, principalmente, ao trajeto do trabalho, feito entre o bairro Souza Cruz e o centro de Brusque.

Atualmente, a instalação do kit GNV não sai por menos de R$ 4.000,00, mas as condições são facilitadas e há a possibilidade de parcelamento. “O investimento é recuperado em dois anos ou menos, dependendo da quilometragem feita pelo motorista”, afirma Rogério.

Tendência

O estado de Santa Catarina possui um dos principais pátios industriais do Brasil e o terceiro maior mercado de GNV. Em razão disso, fechou o primeiro semestre de 2019, ultrapassando o valor histórico de 10 bilhões de metros cúbicos de gás natural consumidos pelo mercado catarinense. À reportagem do Portal da Cidade Brusque, a SCGás informou que o marco é “resultado da interiorização e expansão da oferta do energético que a companhia desempenha desde o ano 2000, quando foram atendidos os primeiros clientes”.  

Dados da SCGás revelam que no estado existem cerca de 100 mil veículos rodando com o GNV, consolidando-se como o 3º estado com maior volume de vendas no segmento. Em toda a rede atendida pela companhia, já são mais de 60 municípios somente no estado.

Mais economia e menos Poluição

O uso do gás natural veicular, pode representar economia para o bolso do cidadão. Com base nos dados de precificação divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em Santa Catarina o GNV pode oferecer pelo menos 45% de economia quando comparado com a gasolina e até 52% quando comparado ao etanol, tendo em vista que o seu preço médio nas bombas (R$ 2,885 por metro cúbico) é inferior ao dos combustíveis líquidos (R$ 3,68 por litro do etanol e R$ 4,244 pelo litro da gasolina) e também por rodar uma quilometragem maior por metro cúbico.

Atualmente, a SCGÁS distribui o combustível a 131 postos catarinenses por cerca de R$ 1,80 e os postos definem livremente o preço final pago pelos motoristas nas bombas.

Há pelo menos 5 anos, o estado de Santa Catarina pratica a menor tarifa de gás natural do Brasil, sendo até 40% inferior a de outros estados. Em 2019 foram feitos reajustes mínimos que configuram estabilidade do preço até dezembro.

A economia é uma das razões que motivou o professor Rogério a aderir ao modelo alternativo, mas não é a única. A preocupação com o meio ambiente, também foi um dos incentivadores.

Em comparação com outros combustíveis fósseis, o gás natural é considerado muito mais amigável ao meio ambiente pelo nível baixíssimo de emissão de poluentes, produzindo uma queima limpa, uniforme e com menos resíduos. Todas essas características contribuem para a redução do efeito estufa.








Desenvolvimento sustentável  

Um dos grandes desafios do milênio está relacionado às mudanças climáticas. A Organização das Nações Unidas (ONU) tem promovido o debate pela busca de soluções capazes de conduzir os países ao desenvolvimento econômico sustentável.

Desta forma, o GNV surge como uma alternativa ambiental para o mundo, capaz de deslocar soluções poluentes como o carvão, o diesel e a biomassa não renovável. Ou seja, a utilização do GNV em veículos de grande porte, como caminhões e ônibus, por exemplo, são opões que devem contribuir para o desenvolvimento do mercado nos próximos anos.  

“Com a substituição do diesel a emissão de gases prejudiciais ao meio ambiente é reduzida significativamente. As fábricas do setor de transporte têm investido em inovações e inserido no mercado modelos de caminhões prontos para utilizar GNV, com motores mais silenciosos e que não emitem a fumaça excessiva gerada com a queima dos modelos atuais a diesel”, informa a SCGás. 

Além do consumo veicular 

O gás natural é um energético que pode ser utilizado em diversos segmentos econômicos, muito além do consumo veicular. O gás já é utilizado em processos industriais e comerciais como hospitais, shoppings, restaurantes, lavanderias, escolas, clubes, entre outros estabelecimentos, além do uso doméstico.

Dados da SCGás revelam que no estado, cerca de 80% de todo o volume de gás natural é consumido pelo segmento industrial. Outros 17% são destinados para o consumo veicular. O restante é utilizado por clientes do Mercado Urbano – unidades residenciais, comerciais ou de geração de energia. 

Ente as vantagens dessa utilização está a densidade específica do gás que é menor do que a do ar e facilita a sua dispersão na atmosfera, em casos de vazamento e reduz a probabilidade de concentrações na faixa de inflamabilidade, diminuindo riscos de acidentes. Além disso, o produto não causa intoxicação em caso de ingestão ou inalação acidental.


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