A pandemia do novo coronavírus está longe de terminar. Mesmo com a vacinação em andamento, os números continuam a subir e a saúde pública catarinense vive o período mais preocupante dos últimos 12 meses. Mais uma vez, empresários de todos os portes precisam se adaptar às medidas adotadas pelo Poder Público e investir em planejamento estratégico para manter seus negócios. Do comércio à indústria ninguém está imune à crise.
De acordo com pesquisa realizada em 2020, em conjunto pelo Sebrae/SC, a Fiesc e a Fecomércio, com 2.547 empresários, de todas as regiões de Santa Catarina, 91,3% dos entrevistados apontam queda nas vendas internas e 73,9% nas exportações.
Outro estudo realizado pelas entidades revela que mais de 1,5% das empresas pesquisadas, em 148 municípios de nove regiões do estado, fecharam definitivamente durante a pandemia.
Um ponto que chama atenção, é que entre os empresários que quebraram, 40% declararam que já estavam em situação financeira ruim antes da covid-19 e ela se agravou ainda mais durante a pandemia.
Para o consultor brusquense, Rafael Maffezzolli, esses fechamentos poderiam ser evitados com a aplicação da metodologia chamada Turnaround Management. O termo em inglês faz parte do dicionário corporativo e diz respeito a um conjunto de ações e novas práticas capazes de uma “virada” na empresa, para que ela volte a ser competitiva.
A expressão “turnaround” significa “dar a volta” e pode ser a estratégia ideal para fazer com que uma empresa à beira da falência encontre o caminho correto para um crescimento eficaz e constante.
“O turnaround consiste em uma mudança de rumo da empresa, onde o objetivo é resolver os principais problemas pontuais e redirecionar a organização para uma rota de crescimento nos resultados”, explica Maffezzolli, que é membro da Turnaround Management Association (TMA) e especialista no assunto.
O consultor conta que já atendeu aproximadamente 40 empresas que deram a volta por cima partindo para uma mudança total de cultura organizacional, o que se intensificou durante a pandemia.
“Trata-se de uma reestruturação completa, sendo necessário a implantação de mudanças organizacionais relevantes, como parte do seu processo de recuperação de modo a contornar as dificuldades e evitar a falência. Agora na pandemia é muito importante que os empresários sejam rápidos na busca de soluções, que possam salvar os seus empreendimentos”, explica.
