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Para especialista, e-commerce pode ser uma alternativa para comércio local

Apesar de setor apresentar perspectivas de crescimento, profissionalização e falta de estratégias específicas são obstáculos para empreendimentos

Publicado em 29/05/2019 às 00:49

(Foto: Divulgação/Reprodução)

 A previsão da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) para um crescimento na ordem de 16% para 2019 demonstra o otimismo para o setor no país. Apesar da tendência, cuidados com itens como a atenção ao cliente, entrega e gerenciamento do estoque são pontos importantes para o avanço no setor. Em Brusque, especialistas e empresários demonstram ser possível manter foco tanto no negócio digital, quanto no físico.

Para a coordenadora do núcleo de E-commerce da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr), Michelle Curbani, o atendimento ainda pode ser um diferencial para levar o cliente para as lojas físicas. Para ela, tanto a venda pela internet, quanto feita nas lojas possuem suas vantagens próprias e a escolha depende da experiência de compra que o cliente está disposto a ter.

“Uma assistência presencial nas compras, poder tocar ou provar os objetos. Outros preferem agilidade, sem filas, e comparar os produtos online”, comenta. Em Brusque, ela vê que o setor ainda carece de investimentos. Segundo ela, faltam ações voltadas para call centers, materiais de apoio como imagens e fotos produzidas, estoques específicos e estratégias de marketing.

“Na minha opinião não é ameaça e sim oportunidade de venda e aumento de lucratividade. Precisamos entender que nosso consumidor tem vários estilos de compras, e cada uma delas possui sua vantagem, seja ela emocional, financeira ou até mesmo de agilidade.”

De acordo com ela, itens que já são do conhecimento do cliente tem uma probabilidade maior de serem comprados pela internet. Pelas características diferentes na forma de compra e do perfil do consumidor no momento, ela afirma não ver uma competição entre loja online e loja física, mas salienta que nem todas as empresas estão adaptadas para a forma de negócio.

Superar a desconfiança

Um dos erros mais comuns percebidos por Michelle é a percepção de que a loja on-line pode ser tratada como uma solução de estoque ou para dar destinação para peças de coleções passadas. Ela reforça a necessidade de um atendimento e atenção para tentar chamar a atenção da clientela virtual.

“Muitas vezes os empresários acabam desistindo de vender online, por não ter resultados. Pois não olham a loja online como uma oportunidade de novos negócios e sim, de venda de saldos ou peças sem grade ou pouco estoque o que dificulta as vendas”.


Ela estima que, a cada 10 brasileiros, sete já tiveram experiência de compras online. O setor apresentou alta de 31% no primeiro semestre de 2018, em relação a 2017 e o valor médio das compras foi de R$ 278, de acordo com a coordenadora.

No núcleo, o intercâmbio de experiências tenta aproximar os lojistas locais de realidades e estratégias diferentes. Michelle destaca as visitas feitas em empresas da região que utilizam a ferramenta como forma de estimular o setor. “A orientação é que cada vez mais o empresário expresse sua cultura de transparente de vendas trazendo assim ao consumidor mais segurança na hora de comprar”.

Do virtual para o físico

Contrariando a tendência de lojistas que mantém lojas físicas e se aventuram no meio digital, Graciela Krieger Corrente resolveu fazer o caminho inverso. Há um três anos, ela resolveu estruturar o ponto de vendas fora da casa, de onde enviavam as compras feitas pelo site.

Um dos motivos foi justamente a popularização dos produtos e a necessidade de mais estoque e espaço. Aliado a isso, ela reforça o ganho de qualidade de atendimento e procura.

Para ela a atenção ao cliente precisa ser redobrada em negócios digitais. “Na verdade, precisamos atender quase melhor que na loja. No e-commerce, temos que dar uma atenção maior para o cliente, pois é mais difícil criar este vínculo. Trabalhamos como se fosse para a gente”, resume.


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