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Acadêmica desenvolve estágio no Hospital Azambuja

Estágio foi orientado pela professora Luzia de Miranda Meurer

Publicado em 16/08/2017 às 05:38

Foto: divulgação

A internação de uma criança no hospital sempre é motivo de muita preocupação. Visando a rápida recuperação dos pequenos, os pais acabam fazendo todo o possível para proporcionar bem-estar aos seus filhos, mas, muitas vezes, acabam se descuidando e tendo a sua própria saúde debilitada.

Para se aprofundar no assunto, a acadêmica Stéfanie Cristine Debatin, da 7ª fase do Curso de Psicologia da UNIFEBE, desenvolveu no primeiro semestre deste ano um estágio com ênfase em Psicologia e Prevenção e Promoção da Saúde no Hospital Arquidiocesano Cônsul Carlos Renaux de Brusque. O estágio, orientado pela professora Luzia de Miranda Meurer, teve como proposta expor os sentidos do adoecimento para os pais dos pacientes internados na Maternidade e na Ala Pediátrica do referido hospital.

"No contexto da Psicologia da Saúde, compreende-se o processo de adoecimento como um fenômeno subjetivo, no qual cada pessoa enfrenta e reage diferentemente das outras, pois o modo de perceber, reagir e comunicar a doença são fatores que estão ligados à cultura do indivíduo, bem como de sua família. Este processo de adoecimento pode afetar não somente a pessoa que está doente, mas também todos os demais membros da sua família. A hospitalização de um membro da família pode despertar diversos sentimentos nos familiares. Esses sentimentos, caso não sejam trabalhados de forma adequada, podem facilitar o adoecimento dos familiares", explica a professora orientadora.

Neste contexto, a intervenção psicológica se faz necessária, uma vez que por meio da escuta qualificada, o psicólogo pode identificar e acolher os sentimentos mais recorrentes dos familiares e contribuir para a ressignificação destes, visando auxiliar na adaptação da família à esta nova etapa. 

"Além dos sentimentos, atenta-se também aos comportamentos e pensamentos da família, que também trazem consigo diversos significados que podem ser identificados e trabalhados pelo profissional de Psicologia, a fim de criar uma nova perspectiva ao processo de adoecimento", conta a professora Luzia. 

Durante todo o estágio, foi proporcionado aos pais momentos de expressão dos seus pensamentos, emoções e sentimentos. Também foram averiguadas as possíveis mudanças provocadas pelo adoecimento nos diversos contextos de vida destes. 

"Em relação às emoções, a mais citada pelos pais foi o medo, que se manifesta em várias formas, como o medo de que algo pior aconteça com o filho e medo de fazer algo errado. Já, em relação aos sentimentos, a insegurança e a preocupação foram os mais frequentes. De modo subjetivo, cada mãe e pai compartilhou momentos e vivências do adoecimento de seus filhos e com base nisso, foi possível identificar que os pensamentos mais recorrentes são em relação à crença em um Ser Superior. Deste modo, foi possível desvelar os sentidos do adoecimento para esses pais", esclarece a acadêmica Stéfanie.

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