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Alunos da Unifebe cobram que universidade reduza valor da mensalidade

Diretório Central dos Estudantes (DCE) alega que instituição não prestou a devida atenção aos alunos neste momento de pandemia; universidade nega

Publicado em 31/07/2020 às 07:02
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(Foto: Unifebe)

Uma proposta que vem gerando um longo debate no Centro Universitário de Brusque (Unifebe), bem como em muitas outras universidades privadas, é em relação à diminuição no valor das mensalidades. 

Por conta da pandemia do coronavírus, o ensino está sendo ofertado de maneira à distância, para evitar aglomerações dentro das salas de aula, respeitando, assim, as exigências sanitárias de combate à covid-19.

Porém, os acadêmicos da Unifebe continuam pagando a mensalidade equivalente ao valor do ensino presencial, mas estão estudando de maneira online, em suas casas, o que gera um aprendizado diminuto quando comparado com a oferta presencial.

Os alunos, representados pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), estão cobrando muito mais que atitudes da universidade, mas, também, respostas. A representação acadêmica encaminhou um ofício para a reitoria solicitando a redução na mensalidade. Porém, até o momento, receberam apenas um comunicado que esta situação seria tratada via reunião.

Conforme informou o DCE, este encontro realizado via Google Meet nos últimos dias foi para tratar do assunto. Porém, segundo eles, além dos esclarecimentos por parte da reitoria terem sido elaborados e explanados de forma superficial, o ofício ainda não havia sido respondido da maneira que a liderança estudantil desejava, que seria demonstrando atitudes.

O presidente do Diretório Central dos Estudantes, David Pablo Pereira, disse que a representação estudantil sempre atendeu as recomendações da universidade quando necessário e lamenta a falta de auxilio neste momento. “O DCE da Unifebe sempre foi muito sensível à o que a universidade propõe, pois nós sempre buscamos compreender o lado da instituição. Mas, infelizmente, nesta ocasião, não houve a mesma sensibilidade por parte da Unifebe”, afirma.

Além do mais, David lembra que, acima de tudo, a representação precisa defender as causas estudantis. “Nós do Diretório Central dos Estudantes, enquanto representantes dos interesses dos alunos, se ficássemos calados nesta situação, estaríamos sendo omissos”, ressalta.

Ainda conforme informou o DCE, de início, as solicitações da reitoria foram atendidas. Inclusive, projetos como o Fundacredi, que dava a possibilidade do estudante financiar até 30% do valor da mensalidade e pagar o restante no final do semestre, foram elaborados. Isto quando a pandemia do coronavírus estava apenas no início. Porém, com o avanço da covid-19 e com o atraso no retorno das aulas presenciais, o projeto acabaria ficando insustentável para o segundo semestre, forçando assim, os alunos solicitarem outras alternativas.

Apesar da instituição alegar que, por ser uma universidade comunitária, esta possibilidade de redução da mensalidade é inviável, no ofício do DCE consta três exemplos de outras universidades também comunitárias que conseguiram reduzir o valor da mensalidade dos estudantes, como a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), a Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc) e o Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (Unidavi).

Em nota enviada à Portal da Cidade Brusque, a reitoria da Unifebe se pronunciou sobre o assunto.

Veja a nota na íntegra

Em resposta ao questionamento do Diretório Central dos Estudantes (DCE), o Centro Universitário de Brusque (Unifebe) informa que a instituição nunca se negou a prestar esclarecimentos quanto às solicitações de redução das mensalidades. A Reitoria tem mantido canal aberto com o DCE e com suas lideranças estudantis, promovendo várias reuniões em diversos momentos e, sempre que possível, atendendo às reivindicações dos estudantes.

Desde o início da pandemia em Brusque, e das aulas em formato take-home, a Unifebe intensificou o diálogo com seus acadêmicos sobre o método de ensino adotado. Também já apresentou em diversas reuniões, o demonstrativo das despesas com a infraestrutura durante a pandemia, com os custos envolvidos com a montagem da estrutura para continuação das aulas de modo não presencial.

Até o momento, todos os ofícios encaminhados pelo DCE foram respondidos pela Unifebe, inclusive em reuniões entre os representantes da instituição, DCE e líderes de turma. E todas as medidas adotadas foram amplamente divulgadas pela Unifebe aos seus acadêmicos, até mesmo formalmente.

A exemplo disso, na busca do diálogo e da transparência, a Unifebe reuniu na última segunda-feira (27), mais de 80 pessoas, entre reitoria, lideranças de turma e representantes do DCE, em uma reunião via Google Meet, que durou mais de três horas, da qual o presidente do DCE participou integralmente.

Essa reunião foi realizada com o objetivo de responder ao ofício nº 006/2020, encaminhado pelo DCE no dia 24 de julho, e nela foram tratadas questões pedagógicas e operacionais referentes ao início do semestre letivo. Na ocasião também foram prestadas informações relativas às matrículas, e tratadas questões relacionadas às despesas com a infraestrutura durante a pandemia, bem como acerca da redução das mensalidades.

É importante lembrar que, apesar de o ofício nº 006/2020 já ter sido respondido, e de as questões apontadas no referido documento terem sido tratadas abertamente na reunião, realizada com o DCE e com as lideranças de turma no último dia 27, a Unifebe está formalizando uma resposta que será encaminhada ao DCE na primeira semana de agosto.

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