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Em nota, vereadora defende eleição para diretores de escolas em Brusque

Marlina Oliveira afirma que recebeu denúncias de situações de abuso de poder por parte de gestores escolares, que são escolhidos por indicações políticas

Publicado em 17/01/2021 às 23:20
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(Foto: Reprodução)

A vereadora Marlina Oliveira (PT) divulgou uma nota à imprensa neste domingo (17). No documento, a parlamentar escreve sobre a importância, segundo ela, da eleição para diretores de escolas em Brusque, que atualmente são escolhidos por indicação política. Em dezembro Marlina já havia se manifestado sobre o assunto em vídeo, repudiando o suposto interesse do vereador Ivan Martins (DEM) em escolher quem seriam 37 diretores de escolas.

Desta vez por nota, a parlamentar volta a criticar a nomeação política para o cargo, se baseando na exoneração da então diretora do Centro de Educação Infantil Clara Maria Furtado, Mônica Soares, fato que gerou revolta por parte da Associação de Moradores do Bairro Santa Luzia.

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“O movimento das nomeações contribuiu para que profissionais da educação e membros da comunidade escolar se reportassem a mim para relatar temores frente algumas direções escolhidas”, relata a vereadora.

Em defesa da eleição para diretores, Marlina afirma que a escolha precisa estar relacionada à democracia. “A população precisa compreender que o avanço da qualidade educacional está intimamente ligado aos valores democráticos, competência técnica, inteligência emocional e habilidade social daquelas e daqueles que estão à frente da gestão das escolas”, escreve.

Leia a nota na íntegra

PRECISAMOS FALAR SOBRE ELEIÇÃO DIRETA PARA DIRETORES ESCOLARES EM BRUSQUE

Na condição de Vereadora e, acima de tudo Educadora, venho a público chamar atenção à mobilização que ocorreu no meio educacional de nossa cidade, a partir das recentes nomeações de diretoras e diretores escolares. Analisando o movimento realizado pela Associação de Moradores do Bairro Santa Luzia, que tornou público o desejo de manter a gestora atual frente a direção do Centro de Educação Infantil Clara Maria Furtado, identifiquei a urgência de falarmos sobre eleição direta para diretores.  

Ressalto que o movimento das nomeações, contribuiu para que profissionais da educação e membros da comunidade escolar se reportassem a mim para relatar temores frente algumas direções escolhidas. Esses relatos apontam que existem sérios problemas de ordem técnica e administrativa nas Escolas de Ensino Fundamental e Centros de Educação Infantil. A mim, como Vereadora, foram mencionados casos de abuso de poder por parte de alguns gestores escolares, falta de representatividade nas demandas da comunidade escolar frente ao Poder Executivo, ineficiência nos cuidados com a infraestrutura predial entre outros. Tudo isso, agravado pela queixa de que existe, em diversas situações, total silêncio por parte do Poder Executivo quando essas denúncias chegam através da ouvidoria municipal.

A população precisa compreender que o avanço da qualidade educacional está intimamente ligado aos valores democráticos, competência técnica, inteligência emocional e habilidade social, daquelas e daqueles que estão à frente da gestão das escolas. Logo, este cargo não pode continuar sob interesses de grupos políticos ou empresariais e de alguns vereadores, como culturalmente ocorre em Brusque. Também não pode passar apenas pela escolha do Poder Executivo (ainda que este tenha competência e liberdade para nomear), especialmente quanto não se atenta aos anseios da população.

Desse modo, atenta às demandas educacionais que atingem a toda população de Brusque, anseio como vereadora e integrante da rede municipal de ensino que o poder executivo, o poder legislativo e a população estabelecem o diálogo, uma vez que existem experiências extremamente exitosas, espalhadas por Santa Catarina e pelo Brasil, sobre a constituição de direções escolares por vias justas e democráticas. Para que assim, de forma harmônica e dialógica, façamos da Educação uma bandeira de todas e todos. 

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