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EDUCAÇÃO

Escolas de Brusque driblam paralisação e desenvolvem atividades diferentes

As 61 unidades escolares de Brusque, 26 escolas e 35 creches, aproveitaram a semana de paralisação dos caminhoneiros para realizarem atividades distintas

Publicado em 31/05/2018 às 01:27

As 61 unidades escolares de Brusque, entre elas 26 escolas e 35 creches, aproveitaram a semana de paralisação dos caminhoneiros para realizarem atividades distintas da rotina das salas de aula.

Criatividade não faltou para o desenvolvimento de ações que envolvessem os alunos da rede municipal. Segundo a diretora de educação infantil, Ivanete Lago Groh, por meio da escola, e com apoio dos pais e professores, os alunos tiveram uma semana menos tumultuada durante a grave que afetou serviços básicos da comunidade em todo país. “Com certeza tivemos uma semana muito agradável e proveitosa nas escolas. Devido a falta de alguns professores e também de algumas crianças, já que muitos pais não conseguiram levar os filhos às escolas, a orientação dada aos professores e diretores era de que houvesse um redimensionamento dos alunos e das atividades, para melhor aproveitamento do tempo e trabalhos diferenciados”, explica.

Ela relata que o período de greve também coincidiu de ocorrer na última semana do mês, quando são feitas as festas de aniversário das crianças. “Algumas escolas até suspenderam esse momento, enquanto outras fizeram um trabalho muito bonito. Temos na rede o projeto 'Leitura Interativa, Muito Prazer' e no dia 28 era o dia de apresentação. As escolas aproveitaram esse momento e foram realizadas diversas atividades”, conta.

O Leitura Interativa tem como objetivo promover o desenvolvimento intelectual e social dos alunos através de ações educativas de promoção e incentivo à leitura. “O desejo, inicialmente, é envolver o prazer de ouvir e/ou contar histórias”, observa. As ações são desenvolvidas, principalmente, pelos professores de hora-atividade.

A diretora de educação infantil ainda destacou diversas outras iniciativas realizadas durante os últimos dias, com destaque para o Centro de Educação Infantil Ana Hilda Eccel, no Maluche. “Eles fizeram um trabalho muito interessante que foi o de trazer as crianças para o café dos idosos. Como a criança energiza o ambiente e renova à vida, foi uma forma de alegrar o ambiente e amenizar as preocupações vividas essas semanas nas escolas”, finaliza. Confira abaixo outras iniciativas realizadas durante a semana.

Semana Mundial do Brincar
Na Escola de Ensino Fundamental Prefeito Alexandre Merico, na Limeira, os alunos tiveram uma ação comemorativa à Semana Mundial do Brincar. A atividade foi realizada no dia 24, oportunidade em que os estudantes receberam a visita do grupo Recreare com o projeto Brincação com brinquedos cantados. “Entendemos que o brincar é de extrema importância em todas as fases do desenvolvimento da criança. Pensando nisso os alunos tiveram um momento muito rico, com música, dança e movimentos, proporcionando interação entre eles, professores e demais funcionários”, comenta a diretora Joseane Floriani Pereira.

Projeto "Contando a Copa do Mundo”
Alunos da Escola do Paquetá realizaram a construção da representação da Bola de Futebol. As representações foram feitas através das figuras geométricas do pentágono e do hexágono. Essas figuras foram construídas a partir de circunferências com o manuseio de instrumentos como compasso, régua e transferidor. “A partir dessa atividade podem ser explorados conceitos da geometria como aresta, vértice e face”, explica a professora de matemática, Anelise Hodecker.

O piquenique do Catapimba
Os alunos do terceiro ano da Escola Vendelino Wiemes, no Cedrinho, acompanhados pelas professoras Amanda e Elizeth, desenvolveram uma sequência didática sobre o livro O piquenique do Catapimba, da autora Ruth Rocha. Nesta sequência trabalharam com a leitura, escrita e interpretação. Também foi possível discutir a importância da organização em grupo. Para fortalecer estes aprendizados os alunos combinaram o seu próprio piquenique, listando o que gostariam de levar, acompanharam a previsão do tempo, e a procura do local ideal dentro do bairro, para trabalhar a localização. “Os estudantes foram caminhando da escola até um sítio da localidade, onde puderam desfrutar de momentos de muita diversão e aprendizagem”, explica a diretora Rubia Maurizio Leite.

Contação de histórias no CMEI
No CMEI Laura Cattani Leite, também no Cedrinho, foi realizado a contação de histórias do Projeto Literatura. As crianças puderam acompanhar a história da Galinha Ruiva. A ação teve a produção das professoras de hora atividade do CMEI e alunos do pré-escolar. “Foi um momento mágico, em quepudemos observar o brilho no olhar de cada criança”, destaca Liliana Valle, diretora do Centro Municipal de Ensino Infantil.

Documentar para formar e transformar
Na Escola de Educação Infantil Professora Adelina Zierke, no Ribeirão do Mafra, fizeram atividades de observação fora da sala de aula. É pelo registro pedagógico que o educador pode acompanhar e interpretar a realidade das crianças, compreendendo as realizações dos pequenos e a elas conferindo sentido.

Documentar as experiências das crianças e refletir sobre elas são práticas que devem ser compartilhadas por educadores e pais para possibilitar que as pessoas se encontrem, se relacionem e coloquem em prática a educação como processo de transformação.

Cabe ressaltar que com a ajuda da documentação é possível desconstruir maneiras preconcebidas e abstratas de pensar a infância, a aprendizagem e o currículo.

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