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Mesa-redonda inicia discussão para logística reversa de medicamentos

88% da população não sabe o que fazer com as sobras de medicamentos e remédios vencidos

Publicado em 04/07/2017 às 07:09

Foto: divulgação

Os dados são alarmantes. A pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais (IPS) da UNIFEBE e as informações coletadas pelas agentes de saúde de Brusque comprovam que a maior parte da população (88%) não sabe o que fazer com as sobras de medicamentos e remédios vencidos.

Os números foram apresentados pelo vereador Paulo Sestrem na noite de segunda-feira, 3 de julho, na Mesa-Redonda sobre o Programa de Recolhimento de Medicamentos Vencidos, conforme projeto de Lei Municipal em curso.

Participaram do debate o superintendente da Fundação Municipal do Meio Ambiente – FUNDEMA e professor da UNIFEBE Cristiano Olinger, a presidente do Conselho Regional de Farmácia, doutora Hortência Tierling, o promotor de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina, doutor Alan Boettger, a coordenadora da vigilância sanitária de Brusque Lucie Herta Hilbert e a farmacêutica responsável pelo SESI Farmácias Tania Fagundes dos Reis.

Segundo reitor Günther Lother Pertschy, a participação da UNIFEBE nesta iniciativa cumpre seu papel como universidade comunitária.

"É uma realidade em nossas residências, todos temos medicamentos em casa, mas o que fazemos quando chega a hora de descartar? A maioria faz o descarte incorreto, então, iniciamos nesta mesa-redonda um debate com profissionais de vários segmentos sobre a destinação correta desses remédios que sobram ou que estão vencidos. Parabenizamos a iniciativa e a todos que estão envolvidos. É uma discussão rica e que faz com que a UNIFEBE desempenhe seu papel, que é trazer esses temas para que sejam debatidos e a partir disso propor soluções", conta.

Para o vereador Paulo Sestrem, autor do projeto de lei que prevê a logística reversa dos medicamentos, o objetivo da ação é garantir a saúde da população.

"A maioria joga os remédios no lixo comum ou no vaso sanitário, mas não conhecemos o impacto que isso pode reverter para nós no futuro e para o meio ambiente. A ideia é discutir esse assunto e lançar esse projeto de lei o mais rápido possível. Fizemos esta parceria com o IPS da UNIFEBE e a Secretaria de Saúde para realizar uma pesquisa de amostragem, que mostrou o que nós já esperávamos, mais de 90% dos entrevistados utilizam o lixo comum ou vaso sanitário para fazer o descarte. Essa pesquisa foi fundamental para garantir ainda mais a viabilidade do projeto e a importância dele", explica o legislador.

Resultado da Pesquisa

99% dos entrevistados possuem medicamentos em casa;

58% possuem remédios vencidos em casa;

77% possuem sobras de remédios em casa;

54% descartam os remédios no lixo comum;

4% descartam no lixo reciclável;

30% descartam no vaso sanitário;

12% utilizam ponto de coleta para destinação correta dos medicamentos;

83% usariam um ponto de descarte correto;

16% não usariam o descarte correto.

Foram entrevistadas cerca de 400 pessoas pelo Instituto de Pesquisas Sociais (IPS) da UNIFEBE e pelos agentes de saúde da Secretaria de Saúde de Brusque.

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