Sonho de criança todo mundo tem. Uns desejam trabalhar de bombeiro, outros querem ser jogador de futebol… as opções são infinitas. Não são todos, porém, que conseguem e perseveram o suficiente para tornar os seus anseios realidade. Não foi o caso do brusquense Marlon Roberto Machado, 25 anos de idade. Desde a infância, seu desejo foi apenas um: alcançar os céus através da aviação. E hoje em dia ele vive o sonho.
Tudo começou com apenas sete anos de idade, quando nosso entrevistado - nascido e criado no Bairro Azambuja - fez seu primeiro vôo de helicóptero. Naquele momento, considerado um divisor de águas em sua vida, Marlon descobriu que a aviação corria em suas veias. Porém, engana-se quem pensa que foi fácil a caminhada do, hoje, instrutor de vôo de ultraleves. Sabidamente proibitiva financeiramente, a carreira nos ares chegou depois de muito estudo, trabalho e suor.
“Você tem de ter muita persistência. É preciso acreditar em si mesmo”. Palavras do piloto quando perguntamos à ele como foi possível viabilizar financeiramente os estudos aeronáuticos. Apesar das dificuldades, ele ressalta que com trabalho e foco, nada é capaz de impedir os que desejam seguir a sua trilha.
“Por mais que várias pessoas falavam pra mim desistir, que isso era coisa pra rico, eu insisti. O fator financeiro se torna insignificante se você realmente desejar seguir o seu sonho (...) em 2009 eu ingressei no aeroclube de Blumenau pra fazer o meu curso de piloto privado teórico. Logo após, fui criando maior gosto pela coisa. Em 2013, fiz minha prova da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), onde obtive minha habilitação teórica. De 2015 à 2016, comecei a voar na Condomínio Aeronáutico Costa Esmeralda como instrutor, em Porto Belo, onde estou até hoje (...) minha história com certeza vai muito mais longe, é só o começo”, pontua.
O piloto consegue definir a experiência de voar com a utilização de apenas uma palavra: liberdade. Segundo Machado, quando se está voando, os problemas deixam de existir e só se é possível admirar e apreciar a paisagem. Para ele, só quem voa pra sentir. “Você enxerga a vida de outro ângulo”, pontua.
Inquieto e não acomodado, Marlon Roberto Machado pensa grande e almeja, mais à frente, ingressar em uma companhia de aviação executiva e, posteriormente, comercial. Considerado o auge da carreira de um aviador, para se atingir o objetivo, o que não pode é ficar estacionado. Muita dedicação, estudo e aperfeiçoamento são necessários.
Dica do aviador
“A minha dica é muita dedicação. São as dicas fundamentais que eu dou. Não é um ramo fácil, porém, não é inalcançável. Todo mundo pode. Todos que querem, conseguem. Força de vontade conta muito. Não interessa o poder aquisitivo. Se você quer, você consegue”, finaliza.
