Entre janeiro e maio do último ano foram registrados 745 boletins de ocorrência de violência contra a mulher somente no município de Brusque (SC). Ou seja, são denunciados aproximadamente 5 casos de violência contra mulher por dia. Isso sem mencionar os que nem chegam ao conhecimento dos órgãos de segurança pública.
Preocupado com este panorama de violência, o curso de Psicologia da UNIFEBE realiza o projeto “Prevenção de Violência contra a Mulher: Todos por Elas” em escolas da rede estadual de ensino. O projeto piloto é desenvolvido pela professora Luzia de Miranda Meurer com as acadêmicas da 7ª fase do curso Edimara Ferrari e Patrícia Zogbi dos Santos.
A iniciativa começou ainda na 5ª fase, na disciplina “Psicologia Escolar e Educacional II”, ministrada pela professora. Após o período de pesquisa de campo, a atividade tornou-se projeto de extensão da UNIFEBE.
"O plano de ação prevê três dias de estudo, pesquisa e planejamento, três dias de intervenção e mais três para análise dos resultados e elaboração de banner científico. Os primeiros encontros foram com os proponentes e acadêmicos interessados em participar do projeto, o quarto encontro foi com os professores do 7º e 8º ano do Ensino fundamental e o quinto e o sexto encontro com os alunos. Os três encontros finais serão dedicados a análise dos resultados e elaboração de banner científico. O projeto se encerra no fim deste mês com o objetivo de ser prorrogado", explica a professora responsável.
A acadêmica Patrícia ressalta que a ação foi inspirada no projeto HeForShe da Organização das Nações Unidas (ONU).
"Além dele, nos baseamos também em um projeto de empoderamento “escola sem machismo” também da ONU. Nosso objetivo é o empoderamento da mulher e a igualdade de gênero. Promovemos isso em ambiente escolar, pois é um espaço aberto para a comunidade e esse é o nosso objetivo, repassar informações", explica.
Para o aluno da escola Santa Terezinha, Lucas, a iniciativa foi muito boa para as crianças se educarem e terem conhecimento sobre a violência que ocorre, especialmente contra as mulheres.
"Esse tipo de violência não deveria acontecer, então é muito bom ficarmos cientes de como evitar esse tipo de situação", conta o estudante.