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Atletas e técnico do Brusque avaliam preparação da equipe em meio à pandemia

Recém chegado Ronaell, Ianson e Jersinho conversaram com a imprensa na manhã desta quinta-feira (28)

Publicado em 27/05/2020 às 23:31
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(Foto: Lara Vantzen Kempfer/Brusque FC)

Na manhã desta quinta-feira (28), o Brusque Futebol Clube realizou uma coletiva de imprensa. O primeiro entrevistado foi o lateral-esquerdo Ronaell, recém contratado pelo clube.

O novo reforço, que já se uniu ao elenco para os treinamentos ontem (27), falou sobre seu retorno ao clube após quase dois anos e não escondeu sua satisfação em poder novamente vestir a camisa quadricolor. “É um prazer estar de volta ao Brusque. Eu já tinha revelado (na entrevista realizada em fevereiro ao Portal da Cidade Brusque) meu desejo de vestir novamente essa camisa”, afirmou.

Ronaell diz que volta ao Bruscão mais experiente e mais maduro. “Volto com todas aquelas qualidades do Ronaell de 2018, mas com um pouco mais de experiência e rodagem. Espero estar ajudando da melhor forma, com muito respeito aos meus companheiros. Vou trabalhar duro para conquistar meu espaço, é um grupo de muita qualidade”.

O lateral também relembrou a partida entre Remo e Brusque, pela Copa do Brasil. O novo reforço do Quadricolor, na ocasião, vestia a camisa do clube paraense, que acabou goleado por 5 a 1. “Foi um jogo difícil, sabíamos da qualidade do Brusque. Aconteceram alguns imprevistos antes do jogo, alguns jogadores nossos passaram mal e não puderam entrar na partida. O nosso treinador teve que fazer algumas improvisações, e o Brusque com sua qualidade soube aproveitar”. Ronaell finalizou sua fala revelando que procurou manter sua forma durante a paralisação com treinos em casa. 

No segundo momento da entrevista, foi a vez do técnico Jersinho e do zagueiro Ianson conversarem com a imprensa. O primeiro a falar foi o defensor, que falou sobre seu melhor momento na carreira e foi indagado sobre como faria para manter o foco em meio às incertezas do futebol durante a pandemia. “Eu vivia uma grande fase, fazendo gols. Infelizmente houve essa paralisação, mas procuro manter minha forma física com ajuda dos trabalhos do treinador e de toda comissão para quando os jogos voltarem poder retomar com confiança. Já teremos jogos difíceis quando o futebol retornar”, reforçou. Ianson mostrou-se satisfeito por estar no Brusque e revelou ter interesse em uma renovação de contrato. “Não me procuraram ainda. Me sinto muito bem aqui no clube, moro bem, tenho contrato até maio do ano que vem, vou dar a vida nos jogos como sempre fiz”.

Jersinho salientou a importância da manutenção do elenco e da chegada de novos reforços. “Quando as competições retornarem, os jogos vão ser muito próximos um do outro. Então termos um bom grupo fará a diferença, estamos buscando fortalecer bem o elenco. Estamos atentos ao mercado”. O treinador falou sobre a possibilidade do retorno dos jogos sem torcida. “É uma coisa nova, é uma situação que teremos que nos adaptar, principalmente na parte motivacional, com a torcida o atleta fica mais motivado. Mas iremos trabalhar essa situação, pois será igual pra todo mundo. Acredito que iremos nos adaptar, ganhamos muitos jogos fora de casa, por isso, acredito que a equipe terá facilidade em se adaptar a essa situação”.

Embora alguns países da Europa já tenham retomado ou estudado retomar as atividades do futebol, o Brasil vive uma situação diferente na pandemia. Segundo lugar no mundo no número de casos de covid-19, o país tem uma média de 1000 mortes por dia devido à doença. O comandante do Bruscão comentou sobre essa situação. “Essa é uma questão mais para a área da saúde, sou leigo nisso. Sabemos que está acontecendo essa pandemia, mas temos nossa profissão. Há várias profissões que estão trabalhando normalmente e também correm riscos, eu não vejo o porquê do futebol não voltar”, sustentou.

Jersinho foi além e fez uma reflexão sobre a questão dos diversos atletas sem contrato no país e disse que jogadores que recebem salários milionários são minoria no país. “Serão tomadas diversas medidas de prevenção e o atleta estará muito mais protegido do que outras profissões. Vale lembrar que o futebol tem muitos atletas sem contrato e sem perspectiva de volta, passando necessidade. A porcentagem de atletas que são muito bem remunerados é mínima, a maioria dos atletas trabalha para sobrevivência. Há uma dificuldade muito grande na nossa área, fico um pouco preocupado com essa situação. O momento exato para retornar cabe aos profissionais da área de saúde”.

O técnico também comentou sobre a diferença nos métodos de treinamento, já que existem restrições devido à pandemia. “Estamos indo já para a metade da segunda semana de trabalho. Na semana passada reunimos a comissão, mesmo com as adequações, tínhamos a ideia de realizar trabalhos com intensidade e esse objetivo foi alcançado. Na segunda semana, estamos desenvolvendo muito bem também. Sempre comento com os atletas que temos que estar prontos e agradecer porque muitos times ainda não retornaram. Temos o privilégio de poder voltar a trabalhar, apesar de não haver data para retornar as competições”. 



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