O futebol, em suas variadas
formas, é um esporte apaixonante e que atrai inúmeros admiradores e praticantes
mundo afora. Em pleno século 21, onde o pleito por igualdade é uma constante em
todos os setores da sociedade, o jogo da bola com os pés não poderia passar em
branco e também abre espaço para pessoas das mais diferentes origens, grupos e
gêneros.
O futebol feminino é uma
realidade. Equipes de garotas corajosas conquistam cada vez mais espaço dentro
dos campos, dentro das quadras e reafirmam o direito de praticar o esporte que
tanto gostam.
Em Guabiruba, a equipe de
futsal feminino do Tor Soccer/Fube é um exemplo. Há cerca de cinco anos se
dedicando ao esporte da bola pesada, as jovens vêm a cada dia conquistando
títulos dentro de quadra. O último foi o do 2º Torneio de Verão de futsal
amador livre, realizado em Brusque entre os dias 4 e 20 de fevereiro.
Participaram da competição dez
equipes das cidades de Brusque, Blumenau, Guabiruba, Gaspar, Indaial e Itajaí.
Além da campanha vencedora do time guabirubense, a atleta Paloma Maciel foi a
artilheira do torneio.
Se por um lado a conquista das
meninas dentro de quadra mostra que a atividade esportiva é para todos, fora
delas a cada dia é preciso “fintar” o
adversário da falta de apoio ao futebol feminino para conseguir praticar o
esporte.
Primeiro,
falemos de futsal
As equipes participantes do
torneio foram divididas em dois grupos com cinco times em cada chave. O Tor
Soccer/Fube ficou na Chave B junto com Clube Atlético Itajaí (CAIFM), Real
Gaspar (Gaspar), Associação Nova Geração Futsal (ANGF - Indaial) e MWFC (Brusque).
A equipe de Guabiruba começou
o torneio de forma avassaladora, batendo a equipe do CAIFM por 5x1.
Nos dois jogos seguintes, no
entanto, a vitória que parecia garantida escapou: em jogo contra o Nova Geração,
o Tor Soccer vencia por 3x0, mas acabou cedendo o empate; depois, contra o
MWFC, novamente a equipe ficou no empate, desta vez em 1x1, depois de sair a
frente do placar.
A classificação veio depois
que o time guabirubense venceu o Real Gaspar pelo placar de 5x0, ficando em
segundo lugar ao final da fase de grupos.
Semifinal
eletrizante
Na semifinal, as meninas de
Guabiruba enfrentaram a Moréia/Panificadora Cínthia, de Itajaí. Em um grande
jogo, a equipe acabou vencendo o time do litoral pelo placar de 4x3 e
garantindo assim a vaga na finalíssima do torneio.
Final
e título
Na grande final, o Tor
Soccer/Fube encarou a equipe do Vottri Congelados Futsal, da cidade de
Blumenau, vencendo a partida por 4x1 e faturando assim o título da competição.
Com nove gols na competição, a atleta Paloma Maciel foi a artilheira do
torneio.
Além das medalhas, a equipe
guabirubense faturou o prêmio de R$ 800 reais pela primeira colocação no
torneio.
A atleta Carolaine Tormena não
pode participar do torneio por conta de uma lesão, mas acompanhou a trajetória
das companheiras na competição e avaliou de maneira positiva a campanha da
equipe de Guabiruba.
“Nossa participação foi muito
boa, tivemos altos e baixos durante a competição. Enfrentamos grande equipes, e
fizemos grandes jogos, jogamos com garra e vontade, visando toque de bola,
acredito que isso foi primordial para nosso título”, afirmou.
Driblando
as dificuldades
Se no âmbito esportivo a
história da equipe do Tor Soccer/Fube é vitoriosa, fora a batalha para
conseguir fazer aquilo que tanto gosta é frequente.
Mesmo com cerca de cinco anos
com o projeto de futsal para meninas, dois títulos do Campeonato Municipal de
Guabiruba da categoria e até a participação no campeonato estadual de Futebol
Sete, a falta de apoio financeiro muitas ameaça a própria participação da
equipe em competições.
Responsável por buscar as
parcerias necessárias com empresas para tornar possível que o time guabirubense
possa disputar competições, Carolaine ressalta que ainda hoje é muito
complicado conseguir apoio para equipes femininas, principalmente em comparação
com as masculinas.
“A busca para patrocínio no
futebol feminino é mais complicada comparando com o masculino, estamos com o
projeto de jogar muitos campeonatos importantes ao longo do ano, e estamos em
busca de apoiadores para nosso time, pois os gastos são enormes, e queremos
levar o nome de Guabiruba e do Tor Soccer”, salienta.
Carolaine revela que um dos
motivos mais usados pelas empresas que negam apoio é o fato de não disporem de
recursos.
“O argumento mais frequente é
que já patrocina outras equipes, ou os recursos já esgotaram”, conta.
Apesar das dificuldades, a
equipe vem driblando os obstáculos e buscando a cada dia o seu lugar ao sol.
Contando com o apoio de algumas empresas, o objetivo é conseguir novos
parceiros para poder ir mais longe dentro das quatro linhas.
“Temos algumas empresas que
nos apoiam, e só tenho agradecer pelo incentivo, pois sem elas não existia
teria time”, reforçou Carolaine.