Desde a primeira edição, em 1924, o Campeonato Catarinense de futebol nunca havia parado por questões de saúde. Os únicos anos em que o estadual não teve campeões foram 1933 e 1946. Outras três edições tiveram paralisações, porém, foram finalizadas.
Em 1933, o estadual foi interrompido por uma crise administrativa e financeira na Federação Catarinense. Já em 1942, o certame foi suspenso por conta da Segunda Guerra Mundial, mas retornou e teve o Avaí como campeão. Quatro anos depois, em 1946, a Federação sofreu uma sanção da CBD (atualmente CBF), o motivo? Um WO em um jogo da seleção catarinense. Isso afetou o campeonato do ano seguinte, que atravessou todo o calendário e terminou somente em 1948.
Em 1963, o único título do Marcílio Dias. O clube de Itajaí venceu o torneio criado pela Federação após o Campeonato de 1962 terminar somente em março de 1963. Com isso, criou o “Torneio Luiza Melo” para manter os clubes em atividade após um hiato de partidas. O Marinheiro foi campeão e o Almirante Barroso, também de Itajaí, foi o vice. A homologação do título aconteceu somente 20 anos depois, em 1983.
O Catarinense de 1980 foi o mais longo da história. Foram necessários dezoito meses de disputa para determinar o vencedor. A disputa começou ainda em 1979, terminando em 1981. O Campeonato parou para férias, o que forçou a Federação a termina-lo somente no ano seguinte.
Nas edições de 1983 e 1984, as paralisações foram pelas enchentes no Vale do Itajaí. O Joinville levantou as taças nos dois anos. Em 1984, o “Catarinão” chegou a ficar um mês parado.
A Federação Catarinense de Futebol (FCF) decidiu suspender o torneio por conta da pandemia de coronavírus e ainda não há consenso sobre o que deve ser feito com o Campeonato Catarinense 2020. A hipótese de dar o torneio por terminado com o título do Avaí, líder da primeira fase, foi fortemente rechaçada pelos clubes e já foi descartada.
