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CATARINENSE 2020

Ídolo nos dois clubes, Palmito aponta Brusque como favorito em duelo com o JEC

Ex-volante foi multicampeão no Coelho e artilheiro do Bruscão na conquista do estadual de 92

Publicado em 05/07/2020 às 23:41
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Brusque e Joinville começam a decidir nesta semana uma vaga nas semifinais do Campeonato Catarinense 2020. O jogo de ida ocorre na próxima quinta-feira (9), às 19h, na Arena Joinville. A volta será no domingo (12), às 21h, mas no estádio Augusto Bauer.

Os dois clubes tem o privilégio de ter um ídolo em comum. O ex-volante Palmito, que foi multicampeão no Tricolor do Norte, também liderou o Bruscão nas conquistas do Campeonato Catarinense e da Copa Santa Catarina de 1992.


Palmito foi revelado no Joinville. Foto: Arquivo pessoal

Há 30 anos morando em Brusque, onde é gerente do Sesc, Palmito criou fortes laços com a cidade, mas apesar disso, não esquece os tempos de JEC. “Sou eternamente grato ao Joinville por ter aberto as portas. Foi o clube que me revelou, e onde conquistei cinco títulos estaduais, disputei seis vezes o Campeonato Brasileiro da Série A. A família da minha esposa é de Joinville, tenho muitos amigos lá desde a época de juniores e faculdade”, afirma.

Fator casa pesa a favor do Brusque

Entretanto, ele não fica em cima do muro e aponta o Quadricolor como o favorito para o duelo. “O Brusque terminou melhor essa primeira fase. É difícil dizer agora quem está melhor, mas por decidir em casa, acho que vai dar Brusque. Está se preparando há mais tempo. Desta vez o Joinville que me perdoe, mas vai dar Bruscão”.

Era de ouro do Joinville

Palmito tem forte identificação com o Joinville. Lá, passou pelas categorias de base do clube e disputou seis campeonatos catarinenses pelo clube do norte, sendo campeão em cinco. Por duas oportunidades, fez parte do time que terminou o Campeonato Brasileiro de 1985 na oitava posição. O Coelho dominou o futebol catarinense entre o final da década de 70 e a metade da década de 80. Foram oito títulos estaduais consecutivos, um recorde jamais superado até hoje no estado. O segredo daquele time, para Palmito, era a força do elenco, com peças de qualidade na reposição. “Tínhamos muito profissionalismo, cobrança, união entre os atletas e uma vontade enorme de todos em vencer e querer mais”, relembra.



Palmito (quinto da esquerda para a direita) nos tempos de JEC. Foto: Arquivo

Chegada ao Brusque

O ex-volante deixou o JEC em 1986 e passou por Chapecoense, Criciúma (onde foi campeão catarinense em 1989), Marcílio Dias e Blumenau até chegar ao Brusque, em 1992. No Bruscão, foi peça chave na conquista de um dos títulos mais importantes da história do clube. Apesar de atuar como volante, ele foi o artilheiro do time na campanha, com 13 gols. “A experiência minha e de outros jogadores mais rodados, como Washington, Solis, Carlos Alberto e Claudio Freitas, além da comissão técnica nos ajudaram muito. A diretoria também nos deu todo o apoio, e a torcida jogou junto com a equipe, isto foi fundamental para aquela conquista”.



Palmito foi um dos principais jogadores do Brusque em 1992. Foto: Arquivo pessoal

Ele revela que sempre acreditou que seria possível que o recém fundado Brusque pudesse chegar ao topo do futebol catarinense, desbancando grandes e tradicionais equipes do estado. “Foi um grande desafio. Sempre acreditei e acredito até hoje naquilo que faço. Desafios estão ai para serem enfrentados todos os dias. Se foi possível ser campeão no Joinville e no Criciúma, por quê não no Brusque? Para eles também teve a primeira vez e depois tantas outras”, analisa. Palmito ainda disputou a Copa do Brasil de 1993 pelo clube e foi o autor do primeiro gol da equipe na história da competição nacional.

Carinho pelos dois clubes

O que não resta dúvida para o ex-atleta é que Brusque e Joinville são os dois clubes mais especiais de sua vitoriosa carreira. “Tive boas passagens nas outras equipes que joguei. Mas Joinville e Brusque são as mais marcantes. O Joinville tem uma história linda de muitas conquistas, temos que respeitar sempre. O Brusque, sempre será lembrado por quebrar a hegemonia dos grandes, isso dá muita moral sempre a todos nós brusquenses”, diz o catarinense natural de Palmitos, município do oeste catarinense, mas que a quase três décadas em Brusque já se considera mais um brusquense raiz.



Palmito nutre carinho pelo Bruscão até hoje. Foto: Arquivo pessoal

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