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Papo de Especialista

Fundos de investimento: uma alternativa para quem não tem tempo de investir

No Papo de Especialista de hoje, o economista Wagner Dantas explica porque você não precisa ser um expert em análise para fazer seu dinheiro render

Publicado em 15/06/2020 às 04:56

(Foto: divulgação)

Com certeza você conhece o termo condomínio. Ele é sempre empregado quando temos vários participantes com um objetivo em comum. Por exemplo: um condomínio residencial, no qual o patrimônio é dividido em unidades residenciais de posse de cada condômino, nome dado ao proprietários nessa situação. 

Você pode até mesmo ter sido participante de um clube no qual a mensalidade lhe dará direito à usufruir das dependências e do patrimônio do empreendimento. Poderíamos citar inúmeras aplicações do termo nas mais variadas situações, mas vamos destacar uma delas: um condomínio de investimento chamado fundos de investimento.

O fundo de investimento é um condomínio regulamentado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil. Ele é constituído por regulamento através de um administrador que deverá abrir uma empresa específica para esta finalidade, ou seja, o banco ou a corretora que administra o fundo não poderá incorporar os recursos em seu patrimônio, trazendo segurança jurídica ao produto.

Ao entrar para um fundo de investimento o investidor se torna cotista, ou seja, adquire uma quantidade da menor parte do patrimônio líquido do produto chamada de cota. O investidor possui uma parte do patrimônio determinada pela quantidade de cotas que comprou.

É importante ressaltar que diferentemente do que acontece com as ações, nas quais o investidor acompanha a empresa e sua cotação, aqui ele acompanhará a cota diária que sofrerá oscilações conforme o patrimônio do fundo se valoriza ou desvaloriza. Isto ocorrerá com mais ou menos intensidade (volatilidade), dependendo da composição da carteira do fundo.

A composição da carteira do fundo de investimento seguirá a regulamentação da CVM. Ou seja, ela é predeterminada. O investidor deverá escolher qual tipo de carteira vai investir, sendo as principais: curto prazo, referenciados, renda fixa, ações, cambiais, dívida externa, multimercado, imobiliários ou um Exchange Traded Fund (ETF).

A carteira terá a gestão profissional de uma pessoa física ou jurídica habilitada pela CVM e escolhida pelo administrador. É importante escolher bem a gestão do fundo de investimento, pois, é ele que pela sua experiência e atuação no mercado determinará a rentabilidade do fundo.

Podemos destacar várias vantagens ao se adquirir um fundo de investimento, ao invés de comprar a ação de uma empresa ou um título de renda fixa diretamente, com destaque para os seguintes: comodidade de ter um gestor escolhendo onde investir e não precisar efetuar análises e leituras de vários relatórios, menor barreira financeira na entrada com investimentos menores, maior diversificação pois cada cota representa inúmeros títulos dentro da carteira do fundo e tranquilidade tributária, porque o imposto de renda é retido na fonte.

O fundo de investimento, para proporcionar toda comodidade e facilidade, cobra uma taxa de administração anual. Você estará pagando pelos serviços de administração, gestão e custódia dos títulos que compõem a carteira do fundo. Principalmente nos fundos mais conservadores, essa taxa de administração não deve ser muito elevada para não comprometer a rentabilidade do produto.

Por último, para quem curte as oscilações diárias das ações e não abre mão de negociar no dia a dia do mercado, os fundos imobiliários e os ETF’s são indicados. Eles possuem suas cotas negociadas em bolsas de valores e o cotista poderá controlar as oscilações de seus investimentos comprando e vendendo diretamente pela sua corretora de valores preferida.

Para investir, escolha um bom gestor e um tipo de fundo que corresponda ao seu perfil de investidor. Bons negócios!


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