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Previdência

O básico que você precisa saber para complementar a sua aposentadoria

Entenda a previdência privada e saiba como investir o seu dinheiro.

Publicado em 19/07/2019 às 05:39

Após quatro longos dias de discussões, a Câmara dos Deputados Federais aprovou em primeiro turno na noite da última sexta-feira (12) o novo texto da reforma da previdência. A redação ainda precisa passar por segunda votação, mas isso só acontecerá após o período de recesso. Depois, o texto segue para discussão no Senado.

Depois de tantas discussões é normal que muitos tenham ficado com algumas dúvidas no ar sobre o que mudou no texto da previdência. Além de mexer na Idade mínima para homens e mulheres, a reforma aprovada neste primeiro turno prevê aposentadoria no INSS para trabalhadores urbanos se cumpridos os seguintes requisitos:

Mulheres

• 62 anos de idade

• 15 anos de contribuição

Homens

• 65 anos de idade

• 15 anos de contribuição

Para atingir 100% do benefício, homens terão que contribuir por 40 anos e mulheres, 35

Como é hoje? Atualmente, as regras previdenciárias em vigor, a aposentadoria ocorre tanto por idade (65 anos para homens e 60 para mulheres) quanto por tempo de contribuição (35 anos para homens e 30 para mulheres).

Previdência Privada

O ideal é aprender investir! Vivenciamos um mundo novo onde a caderneta de poupança não é mais garantia de uma reserva segura. Pelo contrário, quem investe na caderneta de poupança perde poder de compra ao longo do tempo.

Entender a estrutura do mercado financeiro brasileiro e os principais títulos negociados passou a ser o básico da educação financeira. Afinal, milhões de brasileiros querem tirar o dinheiro da poupança, mas não sabem como investir.

Investir na educação financeira será primordial para entender que poderá comprar títulos públicos com a mesma quantia de recursos que antes destinava para a caderneta de poupança, entender que a bolsa de valores não é um cassino e que ali existem negócios bilionários dos quais com pequenos investimentos a sua reserva de longo prazo estará mais que garantida.

Mas para investir diretamente nos mercados o investidor dependerá de estudo continuado para administrar sua carteira.

Para aqueles sem tempo para aprender sobre o mundo dos investimentos, ainda existem produtos pré-formatados como o Plano Gerador de Benefício Livre – PGBL e o Vida Gerador de Benefício Livre – VGBL. Apesar de ambos servirem para acumular recursos com foco no longo prazo, eles têm diferenças entre si. Por isso, é importante conhecer como cada um funciona.

Dentro dos planos PGBL e VGBL há um fundo de investimento, o fundo de previdência. É esse fundo que vai aplicar o dinheiro em diversos tipos de ativos, entre renda fixa e renda variável, conforme a política de investimento determinada.

Por isso, ao escolher um PGBL ou VGBL, é fundamental conhecer o tipo de fundo e em quais ativos ele pode aplicar. Afinal, é o seu futuro que está em jogo. Lembrando que a rentabilidade do PGBL ou do VGBL depende do desempenho do fundo.

PGBL

• É indicado para quem faz a declaração de IR (imposto de renda) pelo modelo completo;

• Permite abater do IR os aportes realizados anualmente, no limite de 12% da renda bruta tributável, desde que seja contribuinte do INSS;

• Quem tem planos de dependentes (filhos, por exemplo) também pode deduzir as contribuições, mas a soma não deve ultrapassar o teto de 12%;

• No resgate dos recursos, o imposto é cobrado sobre o valor total acumulado (quantia aplicada somada aos rendimentos).

VBGL

• É indicado para quem faz a declaração simplificada ou é isento de IR;

• Não permite abater do IR os investimentos feitos, como ocorre no PGBL;

• No momento do resgate, você paga IR apenas sobre os rendimentos.

O cuidado para complementar a sua aposentadoria depende de estudo. É necessário migrar da caderneta de poupança para outros investimentos, não há dúvida disso, porém investir sem conhecimento abre margem para espertalhões garantindo rentabilidades absurdas em esquemas de pirâmides financeiras.

Em caso de dúvidas sobre seus investimentos consulte a Comissão de Valores Mobiliários. Bons investimentos!

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