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Mais que opção de turismo, Parque Zoobotânico trabalha para conservar espécies

O lugar também é centro de pesquisas científicas e acolhe animais silvestres vítimas de agressão

Publicado em 08/04/2016 às 05:37

Foto: divulgação

Ele fica localizado em uma região estratégica da cidade, bem no centro de Brusque. E também está inserido em uma vegetação específica da região, que forma um corredor ecológico que liga a cidade, do bairro Guarani, até o município de Guabiruba. O Parque Zoobotânico de Brusque abriga centenas de animais, muitos que foram resgatados dos maus-tratos, e do tráfico ilegal. Até mesmo animais livres se abrigam e se reproduzem no lugar.

O parque é muito mais que uma área de lazer, como diz o próprio responsável técnico, Rodrigo de Souza. Ele conta que o principal objetivo do Zoo é a conservação de espécies e a realização de pesquisas científicas. “Realizamos um trabalho muito amplo, e o turismo é apenas um reflexo, a ponta de tudo o que é feito aqui”.

São 70 espécies alojadas em mais de 120 mil metros quadrados. No total, são mais de 100 animais. O parque também tem planos de acolher animais ameaçados de extinção, como o mico-leão-dourado e o papagaio do peito-roxo. O principal objetivo, segundo Rodrigo de Souza, é incentivar a reprodução dessas espécies. “O zoológico é um museu de animais vivos, e que objetiva a preservação das espécies. Até porque tem espécies que não são mais encontrados fora de cativeiro”.

O parque também almeja abrigar três leões. Atualmente os animais vivem no zoológico de Pomerode, e já há uma discussão para que seja feita a mudança de lar. Hoje, os felinos que mais chamam a atenção no Zoobotânico são as duas onças pintadas.

Animais que sofriam agressão têm uma nova chance no Zoobotânico
O Parque Zoobotânico recebe diversos animais recolhidos pela Polícia Ambiental e pela Fundação Municipal do Meio Ambiente. As espécies mais comuns são serpentes, tartarugas e aves. “Esses animais não podem ser devolvidos à natureza. Muitas espécies vêm de outras regiões e não se adaptariam aqui”, afirma Souza.

Um dos casos que mais chocou foi a recepção de um chimpanzé que foi retirado de um circo. O animal teve as presas arrancadas, foi acostumado a ingerir alimentos industrializados e refrigerante. Além disso, era viciado em nicotina.  Ele viveu os últimos anos no Zoobotânico tentando se adaptar a uma vida mais saudável.

Turismo não só para turistas
A população de Brusque tem muito para aproveitar do Parque Zoobotânico. A trilha pavimentada de 3.200 metros é uma boa opção de passeio. O caminho fica entre os recintos dos animais que conferem uma beleza ímpar ao lugar. A trilha é toda à sombra.

 

Para os que gostam de contemplar os animais, os primatas são os mais visitados. O macaco-aranha, em particular, consegue arrancar risos de qualquer um quando realiza suas ações para marcar território. As serpentes também costumam ser bastante visitadas. Na região dos lagos, são encontrados jacaré, tartarugas, anta e jabuti.

E quem gosta de aventura o passeio pode ser finalizado no teleférico. Este liga o Parque ao Morro da Caixa d’Água. O passeio dura cerca de 13 minutos e oferece uma bela vista panorâmica.

 

O Parque Zoobotânico abre de terça a domingo das 8h às 17h30. O valor de entrada é R$ 5, e a entrada mais o passeio de teleférico custa R$ 20. Outra opção é reunir um grupo e agendar um passeio no parque com visita guiada com um educador ambiental. O agendamento deve ser feito com 15 dias de antecedência, e para grupos há um desconto para o ingresso, que também conta com passeio de teleférico. O valor fica R$ 15 por pessoa.

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