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Administrador do Hospital de Azambuja é sabatinado na Câmara de Brusque

Fabiano Amorim discursou sobre o panorama da unidade hospitalar e respondeu perguntas de parlamentares

Publicado em 14/06/2017 às 07:44

Foto: Portal da Cidade Brusque

Com mais de três horas de duração, a sessão da Câmara de Vereadores de Brusque, realizada durante a noite desta terça-feira (13), contou com a participação de Fabiano Amorim, administrador do Hospital de Azambuja. Durante aproximadamente 60 minutos, ele explicou a atual situação da unidade de saúde, ressaltando estatísticas relacionadas ao atendimento e, principalmente, o grande número de consultas - algo em torno de 92% - que não são emergências e que poderiam ser resolvidas em unidades de saúde ou na Policlínica. Fato que acaba gerando certa demora nos atendimentos em horários de pico.

Ele deixou claro, porém, que toda a triagem de pacientes é realizada com base no protocolo de Manchester, método utilizado na maioria dos hospitais pelo mundo afora. Trocando em miúdos: o paciente só terá prioridade no atendimento, caso seus sinais vitais estejam alterados. Do contrário, independente da idade, terá de aguardar a sua vez. “Nada melhor que esclarecer esses pontos na Câmara de Vereadores, onde é a casa do povo”, cita.

O plantão pediátrico foi um dos temais mais importantes ressaltados por Amorim na tribuna da Câmara. Por outro lado, os vereadores, durante o espaço reservado para perguntas, também questionaram-o acerca do assunto. Para Fabiano, é preciso sempre trabalhar com a demanda que o mercado oferece. 

“Eu cada dia tenho menos pediatra no mercado. Uma mão de obra cada vez mais rara no mercado. Como toda lei de mercado, quanto mais raro, mais caro o profissional. Temos que criar mecanismos. O clínico geral faz o primeiro atendimento, o primeiro diagnóstico. Se precisarmos, teremos um suporte de pediatria. É isso que temos e desenvolvemos. Temos isso na Inglaterra, na Suíça, na Alemanha, na França, porque no Brasil não?”, questiona.

Apoio político 

Em um momento de certa polêmica durante seu discurso, Fabiano citou a falta de representatividade política na cidade de Brusque frente ao governo do estado. Ele citou vários exemplos de hospitais pequenos que ganham subvenções mensais do Executivo estadual, enquanto que o Azambuja, por sua vez, não tem, sequer, reajustes de tabelas. “O envolvimento político é interessante. Esses deputados vêm a Brusque pegar votos. Já que não temos os reajustes que necessitamos, que venham outros tipos de recursos para o hospital poder investir para a comunidade”, finaliza.

 

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