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Ana Helena Boos (PP) chama a atenção para faltas a consultas médicas

Vereadora se pronunciou sobre o assunto com base em dados informados pela Secretaria Municipal de Saúde

Publicado em 29/03/2018 às 05:23

(Foto: divulgação)

A vereadora Ana Helena Boos (PP) ocupou a tribuna na sessão ordinária desta terça-feira, 27, para comentar sobre a reunião da qual participou na última sexta-feira com o secretário municipal de Saúde, Humberto Martins Fornari, e outros servidores da pasta, no plenário da Câmara Municipal. O vereador Marcos Deichmann (Patriota) também esteve presente.  

“Eles vieram apresentar um relatório de atividades e despesas do último quadrimestre. Foi uma reunião de extrema importância, onde vários fatos e dados apresentados fizeram com que repensássemos muitas coisas que vimos falando sobre a Saúde. O secretário expôs números, aportes financeiros, gastos, investimentos, consultas, valores destinados às unidades básicas de saúde [UBS], às especialidades, aos hospitais, o número de cirurgias, exames e vários dados estatísticos”, salientou a parlamentar. 

“Muitos pontos levantados pela Comissão Especial de Saúde da Câmara já foram colocados em prática, como a confirmação prévia das consultas agendadas por parte das UBS. Assunto este que inclusive foi matéria no jornal, na qual o secretário colocou que há muitas faltas em consultas. A cada 100 que são marcadas, ocorrem 11 faltas. Isso, principalmente nas especialidades, representa 12% do total, o que equivale ao trabalho de quatro médicos de 20 horas. Isso quer dizer que cada posto de saúde poderia ficar fechado durante um mês ao longo do ano. Isso é grave, pois é um valor muito alto despendido”, alertou. 

Segundo a vereadora, Fornari atribuiu a um servidor a tarefa de ligar para os usuários 72 horas antes das consultas agendadas, a fim de confirmar a presença dos pacientes, mas a iniciativa não teria surtido o efeito desejado. “A gente propôs na Comissão Especial de Saúde a realização de uma campanha de conscientização, porque a falta de hoje afetará em determinado momento o seu filho, o seu vizinho e as pessoas próximas”, acrescentou Ana Helena. 

Em aparte, Jean Pirola (PP) disse que 22% das consultas agendadas em Criciúma (SC) acabavam não acontecendo devido a faltas. As iniciativas de conscientização não deram certo e a situação chegou a tal ponto que o poder público daquela cidade instituiu a aplicação de multas a quem não justificasse previamente sua ausência à Secretaria de Saúde. “Se ele paga multa, pelos menos esse valor entra nos cofres públicos e vai abater os prejuízos que a Prefeitura tem, embora não vá sanar a fila das pessoas que realmente precisam de atendimento”, frisou o parlamentar. 

“A gente sabe que muitas consultas precisam ser imediatas e as pessoas, às vezes, acabam procurando outros meios, mas sempre tem um próximo na fila, então, avise, ligue para a Secretaria de Saúde, da mesma forma que foi pedir [a consulta]”, ressaltou Ana Helena, que considerou pertinente a ideia da aplicação de multas aos usuários faltantes. 

“Em cerca de 17 dias, houve 4.500 consultas no pronto-socorro do hospital de Azambuja. Então, há a necessidade de diagnósticos bem corretos para que a gente possa equacionar e solucionar os problemas. A absenteísmo tem uma causa, e acho que a fila é um dos motivos”, ponderou Celso Carlos Emydio da Silva, o Dr. Celso (PSD).   

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