Na tarde deste domingo (4) a praça Sesquicentenário foi palco de uma manifestação contra a corrupção na política brasileira. O movimento Brusque Contra a Corrupção (MBCC) encabeçou o encontro que teve entre os principais objetivos declarar apoio à operação Lava Jato. A decisão de se manifestar aconteceu depois que a Câmara dos Deputados aprovou a PEC 55, que ignora o projeto do Ministério Público Federal das 10 medidas contra a corrupção.
O projeto aprovado pelos deputados tem sido visto como um golpe, uma vez que coloca fim ao foro privilegiado de parlamentares e ministros do estado, além de conceder a anistia ao caixa 2.
Uma das integrantes do movimento Brusque Contra a Corrupção, Sabrina Rosane, afirma que a decisão de ir às ruas é devido às decisões do Legislativo nos últimos meses. “É impossível ficar inerte a tanto abuso. Cada dia é uma novidade, uma nova traição”.
A regional de Brusque do Sindicato dos Médicos também apoia a manifestação e esteve representada pelo presidente do Simesc, Laércio Cadore. Ele afirma que a classe médica á total apoio à operação Lava Jato, e que espera que as 10 medidas contra a corrupção sejam seguidas sem as alterações feitas pelo Congresso. “Com menos corrupção o dinheiro público será melhor investido e chegará, de fato, ao seu destino”.
A manifestação contou com carro de som, fala dos representantes e cartazes que indicam o apoio à Lava Jato e também a indignação da população brusquense com as articulações da Câmara dos Deputados.
O contador Marcio Tamarine afirma que é preciso conservar a parte íntegra que existe no país, e é que necessário se manifestar contra a corrupção na política brasileira. “A PEC 55 foi o ponto principal para irmos às ruas, porque realmente a corrupção está solta, e essa é uma maneira de nos mostrarmos contra às articulações dos nossos governantes que tem legislado a favor deles e não a favor do Brasil”.
Ronald Kamp, outro dos organizadores do MBCC, discursou, do alto do carro de som, sobre as articulações do Congresso. “Os políticos estão rindo na nossa cara”. Kamp falou sobre a votação da PEC 55, votada durante a madrugada, em um momento que o país estava com as atenções voltadas ao desastre aéreo com a Chapecoense.
