A
Câmara de Vereadores vai solicitar à Prefeitura que seja realizada, de forma
criteriosa, uma análise acerca do atual estado de conservação do teleférico de
Brusque, que se encontra desativado. O pedido consta do Requerimento
20/2019, de autoria de Ivan Martins (PSD), aprovado por oito votos na
sessão ordinária desta quinta-feira, 21.
Na
proposição, o vereador pede que, caso o equipamento se encontre em condições de
uso, seja submetido à manutenção e, posteriormente, colocado à disposição da
comunidade. Do contrário, a sugestão é que o teleférico seja definitivamente desativado,
a fim de evitar prejuízos à população e aos cofres públicos.
“Eu
vejo o teleférico como um problema para a comunidade, sem condições de levar
alguém de um ponto a outro”, afirmou Martins. “Além disso, ele está parado ao
longo dos anos, por falta de manutenção por parte dos prefeitos que passaram [após
a instalação] e não fizeram com que o equipamento tivesse condições de oferecer
esse transporte à população, e agora está só consumindo dinheiro do erário
público”.
O
parlamentar sugeriu ainda que - na hipótese de aproveitamento da estrutura - a
Prefeitura providencie mudanças também no sistema de segurança do teleférico,
de forma a garantir a segurança dos usuários. “E se o Executivo entender que
não há mais possibilidade de colocá-lo em funcionamento, que o desative, porque
daqui a pouco é capaz de cair uma cadeira daquelas em cima de um automóvel ou
de um pedestre”, alertou.
Claudemir
Duarte, o Tuta (PT), relembrou de uma manutenção realizada no teleférico, há
cerca de seis anos, com altos prejuízos ao erário. Ele pontuou também, a
atratividade do equipamento para o turismo e o lazer das famílias. “É um
diferencial da nossa cidade. Concordo plenamente que de ser colocado em
funcionamento, não deveria desativar”.
André
Rezini (PPS) ressaltou que não apenas o teleférico, mas todo o Parque
Zoobotânico deveria passar por reformas, a fim de que a cidade tenha condições
de melhor explorar economicamente o local, a exemplo do zoológico de Pomerode
(SC). “Além de ser um atrativo, o teleférico também pode gerar um orçamento, ainda
que pequeno, para a manutenção das atividades do Zoobotânico”, observou.
“Concordo
que se faça um levantamento profundo com relação à segurança. Com uma discussão
sadia, acredito que se consiga algum tipo de apoio, permitindo, por exemplo,
que se faça publicidade no teleférico para ajudar a custear as despesas de manutenção”,
cogitou Sebastião Lima, o Dr. Lima (PSDB).
Cleiton
Luiz Bittelbrunn (PRP) informou que o diretor do Zoobotânico, Eduardo Serpa,
comunicou a ele a existência de um termo de ajuste de conduta (TAC) assinado em
2018 entre o parque e o Ministério Público do estado (MP-SC), em torno do
teleférico. Pelo TAC, o MP-SC cobra da Prefeitura que faça a ativação, conforme
as normas pertinentes, ou a desativação definitiva do equipamento.
“Não
sei se vale à pena reformar, porque está há tempos parado, sucateado, que fica
difícil fazer uma reforma sem dispender muitos recursos. É pertinente que o
estudo seja feito, o mais breve possível. Se for para reformar aquilo, com
certeza eu não sento naquelas cadeiras. Na época em que foi instalado, já achei
bastante inseguro. Hoje, do jeito que está, uma reforma precisaria de tantos
recursos que não seria viável”, opinou Marcos Deichmann (Patri).