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Desativado por falta de manutenção, teleférico é foco de cobranças na Câmara

Em requerimento, Ivan Martins pede à Prefeitura uma “análise criteriosa” da estrutura, a fim de evitar prejuízos à cidade

Publicado em 24/03/2019 às 07:22

(Foto: Assessoria de Imprensa Câmara Municipal de Brusque)

A Câmara de Vereadores vai solicitar à Prefeitura que seja realizada, de forma criteriosa, uma análise acerca do atual estado de conservação do teleférico de Brusque, que se encontra desativado. O pedido consta do Requerimento 20/2019, de autoria de Ivan Martins (PSD), aprovado por oito votos na sessão ordinária desta quinta-feira, 21.  

 

Na proposição, o vereador pede que, caso o equipamento se encontre em condições de uso, seja submetido à manutenção e, posteriormente, colocado à disposição da comunidade. Do contrário, a sugestão é que o teleférico seja definitivamente desativado, a fim de evitar prejuízos à população e aos cofres públicos. 

 

“Eu vejo o teleférico como um problema para a comunidade, sem condições de levar alguém de um ponto a outro”, afirmou Martins. “Além disso, ele está parado ao longo dos anos, por falta de manutenção por parte dos prefeitos que passaram [após a instalação] e não fizeram com que o equipamento tivesse condições de oferecer esse transporte à população, e agora está só consumindo dinheiro do erário público”.

 

O parlamentar sugeriu ainda que - na hipótese de aproveitamento da estrutura - a Prefeitura providencie mudanças também no sistema de segurança do teleférico, de forma a garantir a segurança dos usuários. “E se o Executivo entender que não há mais possibilidade de colocá-lo em funcionamento, que o desative, porque daqui a pouco é capaz de cair uma cadeira daquelas em cima de um automóvel ou de um pedestre”, alertou.

 

Claudemir Duarte, o Tuta (PT), relembrou de uma manutenção realizada no teleférico, há cerca de seis anos, com altos prejuízos ao erário. Ele pontuou também, a atratividade do equipamento para o turismo e o lazer das famílias. “É um diferencial da nossa cidade. Concordo plenamente que de ser colocado em funcionamento, não deveria desativar”.

 

André Rezini (PPS) ressaltou que não apenas o teleférico, mas todo o Parque Zoobotânico deveria passar por reformas, a fim de que a cidade tenha condições de melhor explorar economicamente o local, a exemplo do zoológico de Pomerode (SC). “Além de ser um atrativo, o teleférico também pode gerar um orçamento, ainda que pequeno, para a manutenção das atividades do Zoobotânico”, observou.   

 

“Concordo que se faça um levantamento profundo com relação à segurança. Com uma discussão sadia, acredito que se consiga algum tipo de apoio, permitindo, por exemplo, que se faça publicidade no teleférico para ajudar a custear as despesas de manutenção”, cogitou Sebastião Lima, o Dr. Lima (PSDB).

 

Cleiton Luiz Bittelbrunn (PRP) informou que o diretor do Zoobotânico, Eduardo Serpa, comunicou a ele a existência de um termo de ajuste de conduta (TAC) assinado em 2018 entre o parque e o Ministério Público do estado (MP-SC), em torno do teleférico. Pelo TAC, o MP-SC cobra da Prefeitura que faça a ativação, conforme as normas pertinentes, ou a desativação definitiva do equipamento.

 

“Não sei se vale à pena reformar, porque está há tempos parado, sucateado, que fica difícil fazer uma reforma sem dispender muitos recursos. É pertinente que o estudo seja feito, o mais breve possível. Se for para reformar aquilo, com certeza eu não sento naquelas cadeiras. Na época em que foi instalado, já achei bastante inseguro. Hoje, do jeito que está, uma reforma precisaria de tantos recursos que não seria viável”, opinou Marcos Deichmann (Patri).

 

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