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Diretor de Turismo responde questionamento de edis sobre prejuízo na Fenarreco

Em 2020: “Ela parte para a terceirização ou a gente cobra ingressos a partir da abertura dos portões”, defendeu Sidnei Dematé

Publicado em 27/11/2019 às 03:38

(Foto: Divulgação/Reprodução )

A Câmara Municipal recebeu, na sessão ordinária desta terça-feira, 26 de novembro, o diretor da Secretaria de Turismo, Sidnei Dematé, que trouxe informações da pasta a respeito do balanço financeiro da 34ª edição Festa Nacional do Marreco, a Fenarreco. Entre indicadores de receitas e despesas, ele apresentou prejuízos acumulados em R$ 1,2 mi na festa, em 2019. 

Em sua explanação, o diretor comparou a organização da Fenarreco com a de outras festas semelhantes da região, com foco no melhor custo benefício para a população. Questionado pelo vereador Gerson Morelli, o Keka (PSB), acerca da possibilidade de terceirização do evento, assim como em outros municípios, o convidado sinalizou que tirar a responsabilidade do poder público seria uma solução. Ele falou sobre dificuldades em receber patrocínios da iniciativa privada, pois seria preciso um chamamento público.

“A Havan patrocinou R$ 50 mil e eles pagaram esse valor totalmente em mídia”, explicou, pontuando que os recursos não entram na conta da Prefeitura e que as cotas não se traduzem em dinheiro, mas em serviços. “O Angeloni sinalizou R$ 40 mil. Teria sido até gerado o boleto, só que por uma questão administrativa, não pudemos receber”, revelou. Ele detalhou que a pareceria foi cancelada, devido à falta de chamamento público para cotas e patrocínios. “A terceirização é o meu sonho”, expôs Dematé. “É um modelo que dá certo”, frisou.

O número de entradas cortesias — 10.192 nesta edição — também chamou a atenção dos vereadores e, para Sidnei, a sua distribuição deve acabar. “Estava lotado, mas o dinheiro não apareceu”, expôs. O vereador José Zancanaro (PSB) também indagou os ingressos distribuídos gratuitamente como um ponto a ser revisto: “É um número expressivo, eu me assustei”, disse. “O que mais me chamou a atenção é que de 91 mil pessoas que foram à Fenarreco, só 14 mil pagaram ingresso”, salientou o presidente da casa, que também fez um contraponto em relação aos dias de entrada livre.

A respeito do marketing e divulgação do evento, abordado pelo vereador Paulinho Sestrem (Patriota), o diretor ressaltou que a promoção da Fenarreco faz parte da divulgação da Secretaria de Turismo, em conjunto com outras iniciativas da cidade, entrando em outra dotação de despesa do Poder Executivo.


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Ao comparar as festas dos anos 2018 e 2019, o vereador Jean Pirola (PP) questionou o convidado a respeito do indicador que apresenta o número de unidades de chopp comercializadas, em relação ao público presente nas duas edições. “Esta conta que não fecha”, exclamou Pirola. “O que não dá para entender é que, em anos anteriores, com públicos menores, deu superávit e neste ano, nós tivemos um prejuízo de praticamente duas vezes e meia do maior ”, continuou. Em resposta, Dematé afirmou que os números referentes à bebida são fechados diariamente, em relatório. “Venda em outros anos é uma conta que não consigo explicar”, prosseguiu.

Mudanças para 2020

Com o recente ingresso na pasta — fevereiro de 2019 — o diretor endossou a necessidade de organização prévia da festa: “Um ano antes tem que ser organizada uma Fenarreco”. Segundo ele, o evento do próximo ano já está encaminhado: “A de 2020 está praticamente pronta. Todos os percalços que tivemos nesta, consertamos. Todas as licitações, termos de referência e chamamentos já deixamos programados no setor responsável para que, na primeira semana de fevereiro, sejam entregues todos os orçamentos com as licitações para dar abertura no processo licitatório de patrocinadores”, apresentou. “A Fenarreco tem que mudar. Ela parte para a terceirização ou a gente cobra ingressos a partir da abertura dos portões”, defendeu.


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