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Entidades brusquenses repudiam rejeição de projeto de lei na Câmara

Organizações expediram nota de repúdio a não aprovação de matéria que proibiria vereadores eleitos de assumirem cargos no executivo

Publicado em 27/05/2017 às 07:20

Foto: divulgação

O assunto envolvendo a rejeição do projeto de lei que poderia proibir vereadores eleitos de assumirem cargos comissionados no Executivo está longe de ter fim. Ao menos para uma série de entidades brusquenses que assinaram uma nota pública, mostrando seu repúdio pela não aprovação da matéria.

O tom da publicação é de que a cidade retrocedeu com o ocorrido na sessão legislativa da última terça-feira (23). Confira, na íntegra, o texto:

A rejeição de uma nova política 

É com grande perplexidade e indignação que tomamos conhecimento da rejeição, por parte de seis vereadores do município, ao Projeto de Emenda à Lei Orgânica 01/2017, que tinha como propósito proibir vereadores de assumirem cargos na Prefeitura e demais órgãos e entidades do Poder Executivo. 

O resultado da votação não condiz com nossa opinião, enquanto entidades representativas de classe do município, e da própria população brusquense. Lamentamos profundamente essa decisão. Ainda em 2016, passadas as eleições, sentamos com os vereadores, prefeito e vice-prefeito eleitos, para expor nossa intenção de que essa proposta fosse apresentada na Casa Legislativa e aprovada.

Neste ano de 2017, promovemos novas reuniões com vereadores e com os chefes do Poder Executivo, externando mais uma vez nossa opinião pela importância da aprovação. Participamos maciçamente de Audiência Pública que discutiu a proposta, no mês de abril, demonstrando nosso real interesse pela mudança, tão significativa para a nossa cidade. Ressaltamos que todas as entidades presentes na audiência pública e os representantes da população ali presentes, apoiaram a aprovação da lei. O que infelizmente não aconteceu durante a votação do projeto, na última terça-feira, 23 de maio. 

Retrocedemos, sem dúvida alguma, com a rejeição desse projeto. O anseio de todas as entidades representativas de classe do nosso município, e de toda a população, é por uma nova política, mais participativa, que englobe a união de ideias, que ouça o clamor social. É isso o que se espera dos representantes escolhidos pelo voto popular. Porém, o que vimos com a rejeição deste projeto, foi o velho jogo de interesses políticos dominar a votação. A velha política que não governa para o bem da cidade e da sociedade, mas para o bem de partidos políticos, de conchavos e troca de favores, continua falando mais alto em nossa cidade. 

Ao rejeitarem este projeto, os vereadores Joaquim Costa (PMDB), Rogério dos Santos (PSD), Ademilson Gamba (PSB), Nilson Pereira (PSB), Leonardo Schmitz (DEM), Carlos Emydio da Silva (DEM) e também Deivis da Silva (PMDB), que se não participou da sessão, mas orientou voto contrário, deram as costas para Brusque, deixaram de representar a população que os escolheu e elegeu. 

Os senhores legisladores do nosso município tiveram a oportunidade de mudar essa triste realidade, de efetivamente enobrecer e tornar independente o Legislativo municipal. Num momento em que o país passa por um verdadeiro terremoto político, é até nefasto esperar que a mudança tenha que acontecer na esfera federal, estadual, para então mudar a lei municipal, como alguns nobres vereadores defenderam ao dar seu voto contrário à proposta. A célula base de um país é o município e a mudança deve se dar de baixo para cima. 

Fato é que a mudança é urgente, necessária e precisa começar por aqui.  Queremos uma cidade melhor, uma sociedade melhor para nossos filhos, para todos. Queremos o desenvolvimento econômico do nosso município, a garantia de renda e dignidade a todos que aqui vivem. Nós, enquanto entidade, estamos fazendo nossa parte. Atuamos diariamente para garantir uma cidade melhor, seja na área de segurança pública, cobrando melhorias dos responsáveis; seja em ferramentas que auxiliam as empresas a melhorar seus negócios; seja na atenção dada a todos os assuntos que impactam diretamente na vida de cada cidadão de bem e das empresas de Brusque, Guabiruba e Botuverá. O mínimo que esperamos dos nossos legítimos representantes na esfera política, é sermos ouvidos e atendidos em nome de uma Brusque melhor. 

Agora, teremos que esperar mais quatro anos por essa mudança, para que na próxima Legislatura, nossos representantes políticos sejam superiores na análise desse projeto, que o apresentem e votem pela aprovação. Não mediremos esforços para que isso aconteça. Podemos até não termos vencido a batalha agora, mas nossa bandeira em defesa da MORALIDADE continua firme para o bem de nossa cidade. 

Neste momento agradecemos e enaltecemos os votos dos vereadores que demonstraram estar em sintonia com as entidades e a maioria dos eleitores de Brusque, Ana Helena Boos (PP), Paulo Sestrem (PRP), Cleiton Bittelbrunn (PRP), Ivan Martins (PSD), Marcos Deichmann (PEN), Sebastião Lima (PSDB), Claudemir Duarte (PT) e Jean Pirola (PP), demonstrando serem partidários da NOVA POLÍTICA de que tanto o nosso Brasil precisa. 

ACIBr  - Associação Empresarial de Brusque; 

AmpeBr - Associação das Micro e Pequenas Empresas de Brusque e Região; 

CDL - Câmara de Dirigentes Lojistas de Brusque; 

Fórum das Entidades Sindicais de Trabalhadores de Brusque e Região;

OSBr - Observatório Social de Brusque;

OAB - Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção de Brusque;

SINDILOJAS - Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Brusque, Botuverá e Guabiruba;

SIFITEC - Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem, Malharia e Tinturaria de Brusque, Botuverá e Guabiruba;

UBAM - União Brusquense de Associações de Moradores .

 

 

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