Durante a sessão legislativa da Câmara de Vereadores nesta terça-feira (27), Ivan Martins (PSD), no uso da Tribuna, se pronunciou acerca da desativação de 15 agências de Desenvolvimento Regional (ADRs) ao redor do estado de Santa Catarina, anunciada na última semana pelo governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira (MDB).
Apesar de não se mostrar contrário a economia gerada pela descontinuação das atividades das agências, o parlamentar pessedista lamentou e não poupou críticas ao governo por fechar a ADR Brusque, dada a importância do município de Brusque no contexto estadual. Reflexo, mais uma vez, de acordo com Martins, da falta de representatividade política do município nas esferas estadual e federal.
"Eu sou a favor de que qualquer medida tomada seja tomada para todos os municípios. Quando é pra Brusque receber recursos, somos os últimos, mas quando é uma situação dessas, passamos a ser os primeiros. Não é justo. Os deputados de fora vêm aqui, buscam os votos da nossa cidade e depois não aparecem mais; e nós sabemos que tudo passa por uma decisão política, então temos que ter uma representatividade forte", avalia o político.
Ivan Martins acredita que com a decisão de Pinho Moreira, a cidade de Brusque volta a depender em vários aspectos de Blumenau, cuja ADR será mantida. Um exemplo são as pessoas que dependem de remédios fornecidos pelo estado. Se antes recebiam em Brusque, agora precisarão ir até o município blumenauense, distante cerca de 40 quilômetros.
"Brusque, na verdade, está sendo penalizada. E deveria ser o contrário por sermos a oitava maior economia do estado. Volto a frisar que isso é falta de representatividade política. Por isso chamamos a atenção do eleitor, dos partidos e dos pré-candidatos, para que todos se dispam das vaidades e pensem na cidade, para nós indicarmos um número suficiente de candidatos a deputado federal para que possamos ter uma boa representatividade", enfatizou.
Candidatura única
Há algumas sessões, foi assunto na Câmara de Vereadores a ideia de Brusque novamente possuir um candidato único na Câmara dos Deputados, para que aumentem as chances de a cidade ter um representante em Brasília. Porém, ao que parece, só ficou na conversa e o assunto morreu, como tantos na política, morreu na praia.
"Há muito tempo atrás, quando se fez essa proposta de candidatura única, se justificava pelo número de eleitores que tínhamos. Hoje, com cerca de 80 mil eleitores, mais a nossa região, com 150 mil eleitores, logicamente temos condição de eleger dois deputados estaduais e um deputado federal", finaliza.
