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Reunião

​Legislativo quer mediar entendimento entre a Secretaria de Saúde e Azambuja

Encontro ainda será marcado e anunciado pela Câmara

Publicado em 06/06/2019 às 06:15

(Foto: Divulgação/Reprodução)

A Câmara Municipal de Brusque decidiu nesta terça-feira, 4 de junho, convocar uma reunião entre o secretário municipal de saúde, Humberto Fornari, o administrador do Hospital Azambuja, Evandro Roza, e um membro do corpo clínico da instituição hospitalar, com o objetivo intermediar o diálogo entre a gestão da saúde pública municipal e o hospital, tendo em vista o desentendimento tornado público entre ambos, principalmente em decorrência da superlotação do pronto-socorro do Azambuja, conveniado à Prefeitura para atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O pedido de realização da reunião partiu dos vereadores Marcos Deichmann (Patriota) e Jean Pirola (PP), por meio do Requerimento 54/2019, aprovado por unanimidade pelo plenário durante sessão ordinária. No documento, eles afirmam que “a Câmara de Vereadores é a Casa do Povo, sendo legitimada para intervir em todos os assuntos que envolvam os interesses da população”.

Pirola convidou os profissionais da imprensa brusquense a participar e fazer a cobertura jornalística da reunião, a fim de levar informações e esclarecimentos sobre o assunto à população. “Temos que trazer ao plenário as três ‘verdades’ - a da Secretaria de Saúde, a da administração e do corpo clínico do hospital, para que possamos discutir, analisar todos os pontos e, se possível, dar as mãos e resolver esse problema crônico”, disse. “É urgente trazer as partes aqui, pois não sabemos o que está acontecendo”.

Celso Carlos Emydio da Silva, o Dr. Celso (DEM), sugeriu que seja convidado a participar do encontro um membro do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), tendo em vista a crescente judicialização da saúde observada no Brasil. “O assunto é complexo e o secretário municipal de saúde tem dificuldades dentro do orçamento que administra. Ele é comandado pela macropolítica de saúde do país, tendo que fazer tudo o que é determinado pelo gestor federal”, avaliou.

Sebastião de Lima, o Dr. Lima (PSDB), destacou que o volume de atendimentos mensais realizados no Azambuja gira em torno de dez a 15 mil, entre consultas, cirurgias e internamentos, e afirmou que certos episódios eventualmente negativos, às vezes, ganham atenção desproporcional: “Seria muita ignorância achar que isso tem a mesma importância que todas as vidas salvas”, frisou. “Já disse isso uma vez e fui mal interpretado, mas no Azambuja tem soldados que estão lutando todos os dias”, comparou, numa alusão aos médicos em atividade na instituição.

Claudemir Duarte, o Tuta (PT), ponderou que, se o requerimento em pauta propunha uma reunião entre hospital e secretaria, é inegável a existência de um problema a ser corrigido. “Defender a população, trazer dados concretos e buscar resolver a situação não é fazer política. A coisa não está andando como deveria, por isso é que estamos nos manifestando. A preocupação da casa legislativa vem no momento certo. Se temos que chamar o secretário para uma conversa, não quer dizer que estamos contra ele, mas queremos entender a situação. A saúde não está tendo o rendimento que deveria ter, essa situação com o Azambuja não é só de agora”, ressaltou.

Alessandro Simas (PSD), líder do governo na Câmara, salientou: “Entendo que o hospital tem uma função essencial na vida da cidade e realmente precisa de apoio, de uma forma ou de outra. Temos que buscar uma condição. Essa conversa será muito importante. A situação no pronto-atendimento é retratada pela carta que os médicos publicaram [em 31 de maio]. Hoje, o pronto-atendimento parece um estado de guerra”.

A reunião proposta no Requerimento 54/2019 será agendada e divulgada antecipadamente à sua realização pelo Poder Legislativo.

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