Uma reunião com o prefeito e vice de Brusque, Jonas Paegle (PSB) e Ari Vequi (MDB), foi o objetivo oficial da passagem do deputado federal Rogério Peninha Mendonça (MDB) em Brusque, durante esta quarta-feira (28). Responsável por aproximadamente R$ 3,6 milhões em recursos para a cidade nos últimos anos, o parlamentar veio saber como andam os encaminhamentos das obras e ações fruto de suas emendas parlamentares.
Mas quem conhece, o mínimo que seja, dos bastidores políticos, sabe que a vinda do deputado ao município não poderia deixar de ter o aspecto partidário, principalmente com o início das corridas eleitorais de 2018. Visitando os principais meios de comunicação da cidade, o emedebista aproveitou pra comentar sobre as negociações e expectativas para o pleito que se aproxima.
Pré-candidato à uma terceira legislatura federal, Peninha falou, primeiramente, sobre a conjuntura política estadual. Apesar do nome de Eduardo Pinho Moreira despontar com força - já que tem a caneta na mão como governador -, o candidato de Mendonça é o outro cacique catarinense do MDB: Mauro Mariani. Já se o assunto for coligações, Peninha não acredita em uma coligação com o PSD, como muitos cogitam.
“Eu tenho dito que o PP deve estar com o PSD. O PSDB poderá estar conosco, dependendo da candidatura à Presidência da República que o MDB venha a adotar. Se o MDB apoiar o Alckmin, ou se colocar um vice na chapa do Alckmin, as tratativas já serão diferentes. Tudo isso vamos conversar e vamos levar para a executiva estadual do partido”, explica.
Na esfera federal, Rogério Peninha Mendonça já tem um candidato certo à Presidência da República: Jair Bolsonaro, que recém assinou filiação com o Partido Social Liberal (PSL). Independente de quem o seu partido colocar à disposição do eleitorado, ao subir no palanque, o emedebista já se mostrou irredutível: fará campanha para o expoente de direita e fenômeno midiático.
Os motivos são vários, mas um deles é o apoio irrestrito de Jair ao famigerado projeto de lei 3722/12, de autoria de Peninha, que revoga o Estatuto do Desarmamento. “O Bolsonaro já veio quatro vezes pra Santa Catarina. Todas as vezes por meu intermédio. O Jair Bolsonaro já caminhou comigo pelo Brasil inteiro falando deste projeto em audiências públicas. Mas mais do que isso, acredito que ele é a pessoa certa neste momento. Precisamos deste perfil conservador”, opina.
E por falar no polêmico projeto de lei, o mesmo encontra-se pronto para entrar na pauta da Câmara dos Deputados, apesar de contar com muita resistência da esquerda presente no Legislativo. “Já passou por comissões, passou por uma comissão especial na Câmara, está pronto para ir a plenário. O presidente Rodrigo Maia tem um compromisso conosco de botar ele em votação até abril ou maio e estamos fazendo uma pressão muito grande. O presidente Rodrigo Maia tem recebido uma pressão muito grande para não votar e infelizmente tem se sujeitado a essa pressão. Eu quero que esta proposta vá a plenário e que os deputados possam escolher democraticamente”, pontua.
Dizendo contar com votos suficientes para aprovar a matéria, Peninha se diz crente de que o projeto de lei 3722 seja votado ainda em 2018. “Certamente que existe muita gente indecisa, mas dos que se declaram, a maioria vota favorável”, finaliza.
