Portal da Cidade Brusque

“Política velha ainda se faz muito presente na nossa cidade”, diz vereadora sobre projeto reprovado

Ana Helena Boos (PP) falou com exclusividade à Portal da Cidade Brusque acerca do Projeto de Lei que viria a proibir vereadores de assumirem cargos comissionados na Prefeitura

Publicado em 24/05/2017 às 00:38

Foto: divulgação

“Só quem tem a perder é a nossa cidade, a nossa população”. Palavras de uma vereadora desapontada, após ver seu Projeto de Lei, que proibiria vereadores eleitos de assumirem cargos no Executivo, ser reprovado na Câmara de Vereadores. Para Portal da Cidade Brusque, Ana Helena Boos (PP), autora da proposta, relatou, com exclusividade, que o velho modo de se fazer política, aquele baseado na barganha e na troca de favores, parece ainda persistir no município. 

“Além de ser um projeto totalmente constitucional, acima de tudo ele pregava moralidade”, diz a parlamentar. Ainda conforme a progressista, caso fosse aprovada e sancionada pela municipalidade, tal lei serviria para cortar de vez o cordão umbilical existente entre os poderes Executivo e Legislativo. “A independência dos poderes ficaria muito mais forte”, completa. 

Apesar do revés, Ana Helena Boos crê que a maior vitória foi o apoio popular demonstrado pelos cidadãos brusquenses durante o trâmite do processo. “Conseguimos mobilizar a população e boa parte das entidades”. 

Por se tratar de uma proposta de emenda à Lei Orgânica Municipal, a matéria precisaria de dois terços de aprovação em plenário para seguir à sanção do prefeito Jonas Paegle (PSB). O que não ocorreu. A votação terminou em oito favoráveis, seis contrários e um vereador que não votou (Deivis da Silva, do PMDB). A matéria só poderá ser apreciada e discutida novamente na próxima legislatura, ou seja, a partir de 2021. 

Relembre: “Apesar de ter a maioria, projeto que proíbe vereador de assumir cargo no Executivo é reprovado 

“A única alternativa agora é esperar que o prefeito cumpra com sua palavra, quando ele disse que lugar de vereador é na Câmara, e que não chame nenhum vereador para que assuma diretoria ou secretaria. Agora cabe ao Executivo. Cabe a ele honrar a intenção do projeto que não foi aprovado”, finaliza.

 

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