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Reviravolta

Projeto que proíbe álcool e som em praças é reprovado na Câmara

Kéka (PSB), apesar de ser da base governista, mudou o voto e decretou o revés dos vereadores de situação

Publicado em 03/04/2018 às 08:20

(Foto: divulgação)

Quem acompanhou a sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Brusque, nesta terça-feira (3), teve certeza de que - ao contrário do que muitos preconizam - a política não é um jogo de cartas marcadas. 

Isto porque o projeto de lei complementar 04/2017, que proibia a venda e o consumo de álcool e, também, a utilização de aparelhos de som mecânicos em praças e logradouros públicos, acabou sendo reprovado em segunda discussão e votação, após conseguir maioria no primeiro escrutínio.

O fiel da balança foi o governista Gerson Luiz Morelli, o Kéka (PSB), que acabou mudando de ideia e decretando o revés dos vereadores de base e a vitória da oposição. 

Antes de proclamado o resultado, 8 a 7 pela reprovação, muita deliberação e, até mesmo, bate-boca. Isto, pois, os governistas davam como certo a aprovação da lei e consideravam desnecessárias as discussões incansáveis da oposição, que tentou até o último minuto barrar a aprovação da minuta.

"Uma das coisas que fez eu mudar de ideia foi o posicionamento da Polícia Militar de Brusque, que se declarou jurídica e administrativamente sem força pra cumprir esta proposta (...) então eu repensei, conversei com algumas pessoas e mudei de maneira consciente meu voto. Minha posição eu mudo com tranquilidade. Não sou contra a lei. Sou contra a forma como ela veio pra Câmara de Vereadores", afirma Kéka,

O presidente da Câmara, vereador Celso Carlos Emydio da Silva (DEM), declarou que, apesar de reprovado, o projeto poderá voltar à casa, agora em forma de Projeto de Lei de Origem Executiva, e com uma série de alterações.

Essa, inclusive, foi, desde o início, uma das exigências da oposição, que sempre considerou o projeto inconstitucional justamente por ter sido uma proposta legislativa. No caso, do vereador Deivis da Silva (MDB).

Ocorre que projetos com este tipo de mérito devem sempre ser propostos pelo Poder Executivo.

"Da forma que está esse projeto não passa. Nós temos que amadurece-lo e melhorá-lo. Tornar mais proporcional. Neste aspecto, acredito que a Câmara tem maturidade para discutir junto com a comunidade, se for preciso", finaliza Celso.

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