A juíza Iolanda Volkmann, da Vara da Fazenda de Brusque, aceitou o mandado de segurança impetrado pela defesa da coligação da chapa de Roberto Prudêncio Neto (PSD) e Danilo Rezini (PMDB), para que fosse suspensa a decisão da mesa-diretora da Câmara de Vereadores, de aceitar a inscrição da candidatura de Bóca Cunha e Rolf Kaestner, ambos do PP, para a prefeitura de Brusque.
Com a decisão da juíza, que aconteceu no fim da tarde desta sexta-feira (10), Roberto Prudêncio Neto retorna à prefeitura de Brusque, e a eleição indireta deve ocorrer novamente, dessa vez com chapa única.
Segundo a magistrada, a competência para julgar recursos da Câmara de Vereadores cabe à justiça comum e não à justiça eleitoral. E acatou a argumentação da defesa de Prudêncio, de que já havia encerrado o prazo para substituir a candidatura do Partido Progressista. A juíza também informou que com assinatura do presidente do PP, Evandro de Farias, no pedido de desistência de Ingo Fischer à candidatura a prefeito em 2015, não há como o partido afirmar que não tinha conhecimento da decisão do ex-candidato, sendo esta a alegação dos pepistas.
A notificação para reassumir o poder executivo chegou a Roberto Prudêncio Neto ainda na noite desta sexta-feira. Ele se dirigiu até a prefeitura, porém encontrou resistência para entrar no prédio e cumprir com a decisão judicial, uma vez que seguranças armados de Bóca Cunha impediam a passagem. Eles afirmaram que só iam liberar a passagem com uma decisão da Polícia Militar. Os policiais chegaram no prédio por volta das 20h45 e foi necessário um acordo entre os representantes das duas administrações para resolver a situação. O gabinete foi liberado para Prudêncio em seguida.
A defesa de Prudêncio Neto acredita que uma nova eleição indireta deve acontecer, dessa vez com uma chapa.
