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RODOVIA

Audiência pública discute novamente situação da duplicação da Antônio Heil

Secretário de estado de Infraestrutura, Carlos Hassler, participou do encontro. Lideranças políticas de Brusque e Itajaí

Publicado em 16/05/2019 às 21:45

(Foto: Ana Massambani/Portal da Cidade Brusque)

(Foto: Ana Massambani/Portal da Cidade Brusque)

Mais uma audiência pública sobre o prosseguimento da duplicação da rodovia foi realizada nesta quinta-feira (16), desta vez na Câmara de Vereadores de Brusque.  O encontro, proposto pelo vereador Jean Pirola (PP) reuniu lideranças políticas, como o vice-prefeito Ari Vechi, o presidente do Departamento Estadual de Infraestrutura de Santa Catarina (Deinfra), Carlos Hassler, o deputado estadual, coronel Onir Mocellin, vereadores de Brusque e Itajaí, além de professores dos cursos de engenharia civil e arquitetura da Unifebe, e representantes de entidades empresariais. 

Também participaram representantes de associações de moradores de bairros que são impactados diretamente com a obra, como o Limoeiro e o Planalto. Estes demonstraram insatisfação com as discussões, já que Hassler destacou no início da audiência que ela serviria para ouvir a população. 

O presidente da Associação de Moradores do Limoeiro, Josemir Perin, chamou a atenção para as frequentes discussões e poucas decisões sobre o tema. “O governo precisa enviar alguém que entenda da área e de quais são as necessidades da Antônio Heil. A cada reunião vem alguém, mas não dá em nada”, diz.

A sinalização, alças de acesso e a continuidade da duplicação da Antônio Heil foram algumas das questões mais discutidas e pontuadas por representantes de associações de moradores dos bairros Planalto e Limoeiro. 

O representante da Associação de Moradores do bairro Planalto salientou que os próprios moradores estiveram colocando placas de sinalização no local. “Nossa reivindicação não é de hoje. E moradores e comerciantes têm sido prejudicados com essa obra”.

A respeito do assunto, Hassler afirmou que até esta sexta-feira (17) uma equipe do governo iria até a rodovia avaliar a situação e necessidades de adequações na sinalização. 

Fim de contrato
A quebra de contrato com o Consórcio Triunfo-Compasa, do Paraná, responsável pelas obras, também foi tema de destaque. O governo do estado havia anunciado, em abril, que encerraria o contrato com a Triunfo, uma vez que ela encontrava dificuldade de continuar a obra e não conseguiria cumprir o prazo.

Hassler destacou que o contrato ainda não foi rescindido porque ainda falta pagar parte da obra executada e também porque há a possibilidade de a outra empresa que faz parte do consócio continuar os trabalhos. “Só que na modalidade em que foi feito o edital de contratação não nos possibilita convocar a segunda empresa colocada sem realizar uma nova licitação”, afirma.  

O secretário de estado destacou, também, que ainda não foi definido como será a negociação para desapropriar as áreas de acesso na BR-101. Algo que ainda será discutido no governo. 

Mesmo com os imprevistos de prazos e contratações, Hassler afirma que 99% dos recursos financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) estão confirmados. Porém, para não perder o recurso, as obras deveriam ser concluídas até outubro. 

Com a situação atual e impossibilidade de respeitar o prazo, o governo tentou negociar com o BID, que sugeriu que o financiamento seja utilizado para outra obra, já executada pelo governo com recursos próprios. Assim, o valor já utilizado na Antônio Heil seria compensado pelo recurso gasto na obra já executada e que entraria no financiamento. E o que não foi utilizado seria repassado pelo banco ao estado para que a obra continuasse.  

Para definir como certa essa questão, Hassler diz que só aguarda receber a documentação do BID.

Segurança para pedestres
Uma das reivindicações dos moradores dos bairros próximos à rodovia é quanto a acessos e passarelas para pedestres. Quanto a isso, Hassler afirma que, se necessário, haverá alterações no projeto da obra, como a possibilidade de novas pontes em trechos próximos aos bairros.

“Se for preciso, o governo do estado vai atrás de recursos. O que não dá é construir pontes e passarelas a cada 100 metros. Estamos falando de uma via de escoamento, onde os veículos passam em alta velocidade”, pontua. 


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