Quem passou pelo Centro de
Guabiruba na manhã deste sábado (9) percebeu uma movimentação incomum na praça
Theodoro Debatin.
As tendas montadas no local
estavam repletas de pessoas, procurando e escolhendo roupas. Os brechós, local onde
pessoas vendem e compram peças de vestuário usadas, se popularizaram e se
tornaram uma alternativa para se desfazer daquela vestimenta que não está mais
nos planos para ser usada. Mas este também não era só mais um simples bazar de
roupas seminovas.
Iniciativa
solidária
A ideia do “Brechó do bem”,
como foi batizado, surgiu entre amigas do grupo de Emaús de Guabiruba, com o
objetivo de ajudar a família de uma das integrantes.
“A gente sempre tem roupas em
casa que as vezes tem dó de doar, e nós pensamos em fazer o bazar. Aí surgiu a
ideia, já que a Suzi é do nosso grupo e a mãe dela está passando pelo câncer
agora, de ajudar a família dela”, explica Juliana Bohn, uma das idealizadoras
do evento.
Depois de pensar em realizar o
brechó, as jovens começaram a reunir as peças que seriam vendidas. Segundo
Juliana, o bazar que inicialmente contaria apenas com roupas dos colegas de
grupo passou a receber bastante doações de outras pessoas.
“A gente resolveu abrir para a
população, para quem quisesse doar roupas, e o pessoal foi doando, e tanto que
acho que têm umas 4 mil peças aqui hoje”, destacou.
O dinheiro arrecadado com o
bazar de roupas será destinado para a mãe de Suzane da Silva, que luta contra
um câncer. A jovem diz que apesar de todos em casa trabalharem, a doença trouxe
dificuldades a família.
“A gente nunca passou
necessidade, em casa todos trabalham, tudo sempre foi tranquilo, mas com a
doença dela as coisas ficaram mais difíceis, pois tinha o tratamento,
consultas, biópsia e se a gente ficasse esperando tudo isso pelo SUS nós não
conseguiríamos, ia levar muito tempo, então toda ajuda que tem chegado nós
aceitamos” salientou Suzi, como é chamada pelas amigas.
Ação
deve continuar
E a ideia de fazer ações para
poder ajudar outras pessoas deve se tornar frequente. De acordo com o grupo,
novos brechós deveram ser feitos para poder amenizar as dificuldades de outras
famílias.
“A gente ainda não tem uma
data prevista, mas queremos fazer dentro de um mês, e a gente pretende ajudar
outras pessoas. Nós já temos alguns nomes que nós queremos ajudar depois da mãe
da Suzi”, disse Gisele Milmersted.