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Negociação

Funcionários dos Correios debatem possibilidade de greve nesta quarta

Em assembleia geral, que ocorre em São José, contraproposta feita pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) será avaliada por trabalhadores

Publicado em 30/07/2019 às 21:09
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(Foto: Agência Brasil)

O impasse com a proposta apresentada pelo Governo Federal para o reajuste anual dos funcionários dos Correios pode desencadear uma greve no setor a partir das 22h desta quarta-feira. No estado, o tema será discutido durante uma assembleia geral, convocada para o município de São José, na grande Florianópolis.

Dirigente do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Santa Catarina (Sintect/SC) na região, Robson Paladini, afirma que o desacordo com a oferta da empresa pública vai além dos 0,8% oferecidos. Segundo ele, os 35 sindicatos que acompanharam a tentativa de negociação que ocorreu nesta terça-feira (30)  

também tentavam evitar a perda de direitos para a categoria.

Para Paladini também houve a dificultação no processo de negociação. “A empresa quase nunca comparecia no horário estipulado e vinham só com propostas de ataque e retirada de direitos dos trabalhadores”. 

As tratativas se arrastavam há cerca de um mês e, antes da paralisação das atividades, uma proposta alternativa feita pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) será analisada. Ela será apresentada oficialmente durante a tarde desta quarta.  

Pela proposta original, seriam 0,8% de reajuste no pagamento, além de reduções nos valores de vale alimentação e a retirada do benefício durante o período de férias. O Vale Cultura e uma cláusula que obriga a assistência para casos de afastamento pelo INSS também seriam excluídos. “O trabalhador acaba ficando em um limbo, sem receber nem do INSS, nem da empresa”, afirma. 

Outra retirada proposta inicialmente foi dos pais e mães dos servidores do plano de saúde. Mesmo com a mudança o valor pago pelos trabalhadores seria aumentado. Por sugestão do TST, o acordo coletivo estabelecido no ano passado seria mantido e pais e mães poderiam ser mantidos nos planos de saúde por mais um ano. A proposta será discutida ao longo do dia. 

Para Paladini, além do embate para o acordo coletivo, a deficiência de pessoal é outra bandeira importante com o crescimento das cidades. O último processo seletivo foi feito em 2011 e, segundo ele, desde lá há sobrecarga de trabalho para as equipes. O quadro é agravado por incentivos para a saída compulsória no setor. “Ultimamente nem estamos brigando muito por aumento salarial, pois sabemos a condição do país, mas por garantir a manutenção dos direitos e a realização de concursos. Acabamos trabalhando dobrado”. 


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