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GUABIRUBA

Jovem que danificou prefeitura de Guabiruba passa por tratamento psiquiátrico

O jovem 23 anos, morador de rua, depredou o prédio da Prefeitura de Guabiruba na quarta-feira (9).

Publicado em 14/05/2018 às 02:59

(Foto: Divulgação)

O jovem 23 anos, morador de rua, que depredou o prédio da Prefeitura de Guabiruba na quarta-feira (9) foi internado no Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina (IPQ) na cidade de São José na sexta-feira (11). Ele havia sido detido e encaminhado para a Unidade Prisional Avançada (UPA) foi solto por determinação judicial voltando para as ruas do município, em especial para a Praça Theodoro Debatin, no Centro, onde passava a maior parte do tempo.

Na decisão judicial de quinta-feira (10) o juiz Heriberto Max Dittrich Schmitt argumentou não estarem reunidos “fundamentos que possam legitimar a decretação da prisão cautelar”, pois o caso não retrataria “risco ao meio social, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal, de sorte que o caminho a ser seguido é o da sua liberdade provisória”.

Diante disso, a prefeitura, por meio das secretarias de Saúde, Assistência Social e Administração, se reuniu com profissionais da saúde, assessoria jurídica e com a mãe do jovem para verificar a conduta a ser adotada. De acordo com informações da assessoria de imprensa da prefeitura "as várias intervenções realizadas entre os meses de fevereiro e maio, como consulta psiquiátrica (uso de medicações), atendimento odontológico e hospitalar, encontros do jovem com a família, possibilidade de emprego e moradia, entre outras ações, não resultaram em êxito".

A dificuldade encontrada com o jovem desde o início teria sido sua recusa em aceitar qualquer intervenção/acompanhamento, inclusive o uso da medicação.

A prefeitura também afirma que a mãe do jovem também o auxiliou para sair da rua e retomar seu tratamento e o uso das medicações, porém todas tentativas sem sucesso.

Internação
A Secretaria de Assistência Social acompanhava o caso juntamente com a Secretaria de Saúde, realizando atendimentos ao jovem em ambientes de saúde e também na praça onde o mesmo se encontrava. Após conversas conseguiu-se encaminhá-lo para uma avaliação com o médico psiquiatra o qual indicou internação involuntária. 

A psicóloga da rede municipal de saúde, Mônica Colombi, explica que a internação psiquiátrica somente é realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos. E reforça ainda que toda e qualquer internação psiquiátrica só é executada diante de indicação médica, de critérios clínicos e após esgotamento de intervenções extra- hospitalares. E que a internação é o último recurso a ser executado, sendo que a mesma não é a solução definitiva para o caso.

“A internação psiquiátrica tem como objetivo a estabilização do quadro psiquiátrico, que geralmente não é de longo prazo e varia de pessoa para pessoa. O hospital realizará a alta e encaminhará o paciente para dar sequência no tratamento no município”, destaca.

Segundo a mãe do jovem, ele possui histórico de internações psiquiátricas involuntárias e acompanhamentos de saúde mental em diversos municípios. Em todos, após a estabilização do quadro psiquiátrico, o jovem suspendia o acompanhamento e o uso das medicações. “O desafio é conseguir com que ele continue com o tratamento após a alta do IPQ”, pontua a psicóloga Mônica.

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