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Mãe relata pavor após filha ser furada por seringa usada em SC

Caso aconteceu no Pronto Atendimento de Barra Velha, no Litoral Norte do Estado; seringa tinha sido usada em outra paciente antes de acidente

Publicado em 20/04/2024 às 15:31

(Foto: Reprodução )

O que era para ser apenas um exame de raio-x, se transformou em momentos de pavor para uma mãe e sua filha, de apenas oito anos, na noite da última quarta-feira (17). A criança foi furada com uma seringa usada em outra paciente enquanto a mãe aguardava a realização de um exame no Pronto Atendimento de Barra Velha, no Litoral Norte de Santa Catarina.

De acordo com a mãe, o procedimento foi marcado para 21h da última quarta-feira, após dois meses de espera. No momento em que a paciente se dirigia para a sala onde seria realizado o raio-x, ocorreu o acidente com a filha, que a acompanhava.

Havia algumas pessoas em cadeiras no corredor onde elas passaram, e uma enfermeira aplicava medicação em uma dos pacientes. “Quando a gente passou atrás dela, não sei o que aconteceu direito, porque foi muito rápido. Ela [enfermeira] pediu desculpas muito rápido e minha filha levou a mão ao ombro”.

A mãe, então, perguntou o que tinha acontecido, e a filha respondeu: “mãe, ela colocou a agulha em mim”. Uma paciente que estava no local e viu a cena alertou a mulher sobre a gravidade do ocorrido, e a mãe foi atrás da enfermeira para pedir auxílio e cobrar uma atitude.

A equipe realizou testes rápidos na criança, para identificar se ela poderia ter sido infectada com alguma doença como HIV, sífilis ou hepatite. Após os exames, a menina ainda tomou uma injeção de benzetacil e, no momento da aplicação, um novo problema.

A mesma enfermeira que furou a criança com a seringa usada, utilizou uma agulha de tamanho errado para aplicar a injeção. Ela teve que trocar o instrumento, após inseri-lo na paciente e o medicamento não sair.

Os exames para identificação de possíveis infecções deram resultado negativo, para alívio da mãe. Também foram feitos exames na paciente na qual a seringa havia sido usada, mas os resultados não foram divulgados.

No dia seguinte, a criança foi levada para uma outra unidade de saúde, onde recebeu o protocolo de medicação, que será utilizado ao longo de 28 dias, para garantir que não haja risco de infecção pelo vírus HIV, por exemplo.

A atitude da enfermeira que causou o acidente, porém, gerou revolta na mãe. “Ela enfiou a agulha no ombro da minha filha e só pediu desculpa. Ela viu o que tinha feito”, relata a mulher.

“Ao invés de pedir desculpas, ela poderia ter me chamado e dito ‘vem aqui, acho que machuquei a sua filha’”, relata. A mãe ainda afirma que acredita que a enfermeira não estava seguindo os procedimentos corretos para manuseio da seringa no momento do acidente.

A reportagem do portal ND Mais procurou a assessoria de imprensa da prefeitura de Barra Velha e pediu um posicionamento sobre o caso. Veja a nota encaminhada:

“Houve um acidente envolvendo uma menor de idade e um material perfurante no pronto atendimento, na quarta-feira (17). A paciente foi atendida e submetida ao protocolo determinado pelo Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde, sendo prestado todo o atendimento necessário a menor e a família”.

Para garantir a proteção da identidade da criança, a reportagem optou por não identificar a mãe.

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