A necessidade de manutenção e
substituição recorrente de partes das estruturas, motivaram o Poder Público de
Guabiruba a buscar alternativas às pontes de madeira. O uso do material é comum
para as instalações na cidade, mas o uso de opções mais recorrentes como as
galerias utilizadas na rua Marcos Habitzreuter, no bairro São Pedro, tem
recebido prioridade nos novos projetos.
Foi necessária uma semana de
trabalho para que a nova estrutura substituísse uma ponte de madeira considera
insuficiente para o fluxo atual da localidade. Com a instalação de indústrias
no bairro, o fluxo do transporte de cargas pelo ponto passou a exigir melhorias
na infraestrutura. Além do trânsito dos moradores que utilizam a via, cerca de
30 carretas passaram a utilizar a rua para o escoamento de produção diária.
Pela estimativa do secretário
de Obras, Jair Antônio Brambila, pontes feitas de madeira precisam ser
substituídas, em média, a cada cinco anos. Apesar do custo considerado baixo,
a recorrência de manutenção foi determinante
para a busca por materiais alternativos para as construções.
De acordo com ele, a falta de
durabilidade levou a um processo gradual de substituição das pontes de madeira.
Pesquisas por modelos adotados em outras cidades da região e a busca de orientação
técnica também serviram de base os investimentos, feitos cerca de duas vezes ao
ano.
Projeção
de economia
Mesmo quando é necessário
manter as bases de madeira ele afirma ter adotado mudanças no modelo empregado.
Os projetos passaram a levar em conta os resultados das pesquisas desenvolvidas
a partir de 2015 e tiveram como principais mudanças, o modelo adotado para as
cabeceiras das pontes.
Elas passaram a ser feitas em
pedra e com possibilidade de reutilização no caso de troca por alvenaria. O
modelo já é adotado há cerca de quatro anos e, segundo Brambila, tem permitido
mais agilidade e economia.
Segundo o secretário, a
reforma de uma ponte de considerada de porte médio pode exigir até cerca de R$
10 mil dos cofres públicos, enquanto uma semelhante, em alvenaria, custaria
próximo de R$ 300 mil. Com a adoção da galeria, no caso da rua Marcos
Habitzreuter, o custo foi próximo de R$ 60 mil.
“Com isso se consegue colocar
um sistema permanente e com menos custo. Como os municípios estão com recursos
cada vez mais escassos, temos que buscar soluções que permitam fazer isso com
mais eficiência”, resumiu.
Uso
limitado
Apesar das galerias terem
preferência pela velocidade e custos necessários para implantação, as
características limitam a utilização do modelo. Brambila reforça a necessidade
de estudos técnicos prévios da área para avaliar cada caso e admite não ser
possível adotar como padrão para todas as situações.
De acordo com Brambila, devido
à pequena capacidade de escoamento, elas só podem ser instaladas em cursos
d’água com pouca vazão em períodos de enxurradas ou cheias. Para casos do tipo,
afirma, a tendência que pondes de madeira sejam mantidas até a possibilidade de
custeio de estruturas definitivas, de alvenaria.