Santa Catarina possui a segunda pior taxa de isolamento social do Brasil. É o que dizem os números do monitoramento feito pela empresa In Loco, que se baseia nos telefones celulares da população. O estado possui um índice de 37%, sendo superado apenas pelo Tocantins, com 34,22%. A média nacional é 39,03%.
O índice é muito inferior ao apresentado no início da pandemia, em março, quando Santa Catarina possuía um índice de 72,8%, no primeiro fim de semana após o Governo do Estado adotar medidas de restrição para frear o vírus.
O levantamento mostra que o índice costuma ser menor durante os dias de semana, sobretudo pelo fato das pessoas se deslocarem para trabalhar. A menor taxa de distanciamento registrada no estado desde o início da pandemia foi em 19 de junho, com 33,3%. De acordo com o governo do estado, o índice aceitável seria de, no mínimo, 50%.
Os números baixos coincidem com o momento em que o estado passa por um dos momentos mais graves da pandemia, com significativo aumento no número de casos. No mesmo dia que o levantamento colocou Santa Catarina na indesejada posição (9), o governo catarinense registrou o número mais alto de pacientes com coronavírus internados em leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) desde o início da crise.
Cinco regiões estão em nível gravíssimo por conta da ocupação de leitos de UTI, conforme o mapa de risco do governo divulgado nesta semana. Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Santa Catarina registra 38.408 casos confirmados de Covid-19 e 447 óbitos pela doença. A taxa geral de ocupação dos leitos de UTI pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Catarina é de 67,7%.
