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Com público maior que o esperado, palestras em Brusque debatem o autismo

Evento teve um dia a mais de programação e encerra nesta terça-feira, Dia Mundial do Autismo

Publicado em 02/04/2019 às 01:19

(Foto: Divulgação/Reprodução)

O debate sobre o autismo ganhou destaque nesta semana, em Brusque. Uma série de palestras, intitulada Autismo nas Escolas, foi organizada no Instituto Federal Catarinense de da cidade e contou com professores e comunidade. Inicialmente a programação ocorreria apenas na segunda-feira (1º), mas a procura exigiu que fosse ampliada para o Dia Mundial do Autismo, celebrado neste dia 2.


Mais de 600 pessoas procuraram as inscrições para o evento, segundo a diretoria da Associação de Pais, Profissionais e Amigos dos Autistas de Brusque (AMA Brusque), Daniele Arais Raymundo. O auditório do local, tem capacidade para 200 visitantes.



Segundo ela, o início do trabalho da entidade, colaborou com a desmistificação sobre o autismo e difusão do conhecimento sobre o transtorno entre professores e sociedade. A intensa pela programação foi bem vinda pela entidade e, na avaliação dela, mostra resultados do trabalho. “A procura, realmente mostra que a inclusão foi bem vinda e isso é ótimo”.


Para ela a participação de um autista entre os palestrantes é tida como um presente para a AMA. A tendência é que ele também participe da programação da Jornada de Atualização em Autismo, organizado em setembro.

Estreante

Entre os palestrantes da programação, Gabriel Schimitt, de 15 anos, fazia sua estreia. Diagnosticado com autismo desde a infância, até os quatro anos o jovem não falava e o desenvolvimento só foi atingido com o acompanhamento profissional e a troca de experiências da família com a AMA.




No início, o convite para a participação gerou apreensão na família do bairro Águas Claras. Segundo o pai, Nivaldo, 45, mesmo com o desenvolvimento da fala e a desenvoltura de expressão de Gabriel sendo destacados ao longo dos anos, a novidade e o medo do desconhecido precisaram ser superados pouco a pouco.


Gabriel se preparou para a palestra. Orientações de familiares e a presença do pai, auxiliavam no processo. O resultado foi um dia marcante para a família, que ficaram “surpresos”, nas palavras de Nivaldo. Eles não esperavam uma procura tão grande pelo evento, nem uma participação tão segura do jovem.


“Sempre esperamos uma evolução, mas sempre comento com minha esposa sobre este desenvolvimento que ele teve”, resume. Eles participam da AMA desde o início das atividades.


Para ele, com mais debates e conversas sobre o autismo, a possibilidade de melhoria na qualidade de vida das pessoas com o diagnóstico é maior. Nos últimos anos, ele percebeu um aumento na demanda pelo tema e acredita que a maior mobilização social sobre o assunto também colabore.


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