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LAZER

Crianças da APAE Brusque passam dia de lazer em piscina

Ação ajudou a descontrair os usuários e trazer mais confiança no controle de seus corpos

Publicado em 20/12/2018 às 07:05

(Foto: Ana Roberta Venturelli/Ideia Comunicação)

Enquanto no termômetro, a temperatura chegava a quase 40ºC, usuários do Centro de Convivência Ruth de Sá, da APAE Brusque, aproveitavam a última quinta-feira (13) para fazer um passeio de lazer e se refrescar nas piscinas do Mineral Água Park.

Cerca de 60 usuários, acompanhados de 30 profissionais da APAE, vivenciaram um dia diferente no complexo aquático, regado a muito sol, água, protetor solar e diversão. Elisete Noldin, de 56 anos, não conhecia o local e adorou a oportunidade. “É muito gostoso aqui. Pudemos nos refrescar nas piscinas e foi um passeio muito legal”, avalia.

Para João Carlos Cervi, de 49 anos, o dia no Mineral Água Park também foi especial. “Eu adoro tomar banho de piscina. Já tinha vindo aqui, mas é a primeira vez que venho com meus amigos da APAE e nos divertimos muito. Mergulhei e nadei bastante. Foi muito bom”, garante João.

Ao longo do dia, o grupo de amigos do Centro de Convivência, pode sair da rotina, confraternizar e interagir com outras pessoas que passeavam no parque. De acordo com a coordenadora do CECON, Ana Paula Schramm, a ideia era promover um passeio que pudesse integrar todos os usuários, independentemente, do nível de funcionalidade de cada um.

“Pensamos em algumas opções de lugares e surgiu a oportunidade de virmos ao parque aquático. Muitos nunca tinham participado de um passeio assim e foi muito gratificante ver a alegria e entusiasmo deles em vivenciar essa experiência diferente, de socialização e diversão”, salienta Ana Paula.

O psicólogo Helton Horner, também enaltece os pontos altos da atividade. “Essa foi a primeira vez que conseguimos realizar um passeio desse porte com todos os usuários, incluindo os cadeirantes, e outros com baixo nível de funcionalidade. Por isso, foi um dia de lazer muito significativo" explica Horner.

O Psicólogo ressalta também que "alguns [usuários] não quiseram entrar na piscina, mas quem entrou curtiu bastante. Para os usuários com alto índice de apoio, a água traz uma certa independência para deslocar o corpo, se mover e se divertir. Também foi importante para fortalecer a relação entre usuários e a equipe. Apesar de ser um desafio, diante da questão da acessibilidade, alcançamos o objetivo de proporcionar uma experiência diferente a esse grupo do CECON", afirma.

Horner completa que "ver a felicidade deles é a maior recompensa. E esse tipo de atividade, nos ajuda ainda, a pensar com muito mais intensidade a ideia de inclusão e de essas pessoas frequentarem mais os espaços públicos. É preciso insistir e investir nisso. Eles têm o direito e devem estar presentes em todos os espaços possíveis, seja um parque aquático, num jogo de futebol, num teatro,... E a comunidade precisa despertar para isso, e cada vez mais, dar condições para isso acontecer”, destaca.


 


 

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